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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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sábado, 26 de dezembro de 2009
Fortaleza, 27 de dezembro de 2009

Querida ex-amiga,

Não sei o que me leva a escrever para você. Na verdade eu não deveria, mas esse clima de fim de ano, de Natal, nascimento de Jesus, acaba despertando em mim todos os sentimentos e emoções que já me são característicos. Estive pensando em muitas coisas relacionadas a você.
Primeiro fiquei lembrando de nossa amizade, como começou, como se fortaleceu, como progrediu. Tentei não lembrar de como ela acabou, mas existem coisas que são inevitáveis.
Éramos amigas mesmo (eu acho), cheguei a pensar que eu tinha encontrado outro tesouro, mas tudo se foi. Lembrei de nossas risadas, de planos, de como você e eu estávamos sempre juntas. Parecia sem defeito. Parecia uma amizade verdadeira. O que eu não sabia era que era unilateral.
Pegamos as mesmas manias. Até hoje acho que falamos parecido, mas e daí que importância isso teve no final de tudo?
Lembrei de como ela começou a acabar, de como eu previ algo e de como eu tentei fazer algo para que não acontecesse o que aconteceu. Achei que avisando, achei que se você me conhecesse e confiasse em mim, que se você não sentisse ciumes, não quisesse competir as coisas dariam certo e nesse caso eu me sentia responsável em ser mais madura, mesmo achando que éramos iguais. Nada adiantou.
Nem aviso...
Nem promessa...
Como eu disse no início dessa carta, empelida do espírito natalino, senti sua falta. Senti falta da amiga que ria comigo, que me animava, que me ouvia. No mesmo intante veio a realidade e vi mais uma vez que tudo era meio sonho, meio vontade minha de ter mais uma amiga, sabe? Não era assim como eu descrevo agora. Afinal se fosse as coisas não teriam caminhado por onde caminharam.
Por que eu, que fui a magoada, ainda lembro de você? Por ser sonhadora? Talvez. Por ser burra? Carente? É deve ser isso. Carência sempre responde todas as minhas ilusões e decepções.
Você nem lembra que eu existo. Ao contrário de mim, você deve não perder nem um minuto de seu tempo falando na amiga que perdeu, como você mesma disse "os ventos lhe trouxeram novas coisas para amar" e eu não faço parte de sua vida, sou uma página virada, assim simplesmente como um livro que acabamos de ler. Com o tempo nem lembramos os detalhes da história. Você já esqueceu. Já está em outras histórias e não perde seu tempo comparando, não perde seu tempo vendo onde você se daria melhor.
Fico triste comigo por sentir falta daquela amizade que tínhamos.
Fico triste com você por não sentir minha falta.
Quanto bobagem, não é mesmo? Mais uma vez é unilateral. E se é assim não vale a pena.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


Chegamos ao fim do ano. Parece que foi ontem que eu estava terminando o ano 2008 (maravilhoso por sinal), esperando milhares de coisas de 2009, querendo muito desse ano que já se finda e que infelizmente não me ofereceu nada do que eu esperei. Talvez eu tenha falhado em não fazer projetos com edital e objetivo e metas a serem seguidas; talvez o ano, por si só, trouxesse consigo nada de bom para mim.
Não sei ao certo o que foi esse ano. Não sei se ele foi pai, mãe, padrasto ou pior, madrasta. Mas ele me ensinou algumas coisas e daquele jeito que só quem passou sabe. Com algumas brutalidades, com umas chicotadas a mais que o necessário.
Também não posso dizer que o ano foi péssimo. Péssimo, não foi, mas, sei lá. O ano não foi nada do que eu esperei. Os meses foram passando e no início eu pensei "é só o início, as coisas vão melhorar".
Janeiro, fevereiro, amigas distantes, março, abril, emoções juvenis, erros adolescentes, 'vida' de volta, maio, junho, promessa de melhoras, férias, julho, nada.
Achei que de agosto em diante a coisa ia pra frente. Agosto, setembro, outubro, nada de novo, parecia que eu andava em círculos, novembro, dezembro e as coisas estão exatamente onde estavam há um ano. Claro que devo ter aprendido algo. Será possível, né?
Agora estou eu aqui, mais uma vez, ESPERANDO pelo próximo ano e depositando nele toda a esperança, confesso que uma esperança bem maior que depositei em 2009.
Prometo a mim mesma que dessa vez farei planos por escrito e que colocarei tudo que um plano precisa: objetivos, metas, passos para alcançá-lo, enfim... dessa vez não vou errar, dessa vez não vou deixar o ano passar e brincar comigo como se eu fosse nada.