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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Às vezes não vemos o amor que recebemos, né?


No fim do ano passado, na festa de confraternização da escola, eu voltei para casa com a Olímpia e fiquei na casa dela enquanto meu táxi ia me pegar. Não queria subir, mas ela insistiu e para não obrigá-la a ficar lá em baixo comigo, subi. Quando abrimos a porta a Bia ainda estava acordada. Gente, vocês sabem, aquele olhar de surpresa boa? De quando ganhamos um presente que nem esperávamos? Pois foi esse olhar que ela fez quando me viu.
Me senti tão feliz. Não sabia que ela gostava assim de mim. Claro que sabia que ela gostava, mas achei que fosse um gostar "tô nem aí". Ela era sempre tão na dela e sempre cortava minhas brincadeiras idiotas que achei que ela realmente não era das que me admirava. Fui para casa com uma sensação tão boa, dormir feliz por saber disso de uma forma tão sincera.
Pois agora no primeiro dia de aula era fez igualzinho. Quando cheguei à escola, meio desanimada ainda, ela correu e me abraçou tão verdadeiramente, com um sorriso tão lindo, que mais uma vez ela conseguiu me surpreender.
Se as pessoas tivessem essa capacidade de não dizer com palavras, mas com gestos e olhares o que sentem por outras o mundo seria mais verdadeiro. Obrigada Bia, por ter tornado meu primeiro dia de trabalho em 2009 mais alegre e gratificante.
Hoje estava lendo uns textos meus, antiiigos, que encontrei e um me chamou a atenção, nele dizia:

"Descobri que gosto de sofrer, pelo menos momentaneamente, gosto de sentir as emoções mais intensas de tudo. Não quero chegar adiante, parar e dizer: “Poxa, a vida passou e eu nem senti!” Pois comigo será o inverso, comigo a vida passará e eu sentirei cada dor, cada alegria, cada saudade, tristeza, decepção, orgulho, entusiasmo que me for permitido."
Comecei a pensar sobre isso e algumas perguntas me vieram à cabeça: De que adianta passar pela vida se protegendo de tudo e de todos e não saber o que é amar, o que é perder, o que ganhar. Fomos feitos para todos os momentos .
VIVA INTENSAMENTE!!!
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Olha, o que o desespero não fizer, nada mais fará. Porém é tão feio o desespero, né? Certos tipos de desespero mostram fraqueza e pequenês do ser. Há quem perca tempo "fuçando" orkut e procurando seja lá onde for uma pista do que possa estar acontecendo. Mas essas pessoas não lembram que nossa ansiedade e nosso ciúme nos enganam. Quando estamos deconfiados de algo, tudo leva a crer que esse algo está de fato acontecendo. Já aconteceu comigo e é péssimo. A gente escuta frases pela metade e constrói o texto todo. Ler recados que podem significar inúmeras coisas e acha que é exatamente o que estamos pensando. Aí nosso desespero aumenta e a gente põe tudo a perder.
Precisamos aprender a nos controlar e principalmente a não imaginarmos coisas que podem prejudicar os outros que, muito provavelmente, não tenham nada a ver com nossos problemas. Não tenham nada a ver com aquilo que estamos pensando. Mais uma vez eu tenho que recorrer a um outro texto meu "Humanidade" e lembrar que as pessoas metem os pés pelas mãos. Pensam demais. Criam problemas e põem os outros em maus lençóis.
Semana passada eu estava tão pensativa. Estava pensando na vida mesmo, coisas comuns; pensando em como faria para trabalhar melhor, pensando em quais viagens eu poderia fazer esse ano, nas pessoas que me rodeiam, nos momentos felizes que tive em 2008, enfim... pensando.
E quando se começa a pensar dessa forma, há uma tendência natural a ficarmos nostálgicos, pensativos mesmo, perdidos em nossos pensamentos. Aí uma amiga olhou pra mim e perguntou o que eu tinha, eu disse que estava pensando. Ela imediatamente disse: "Tá vendo, é por isso, que você fica trsite. É porque você pensa muito, procura histórias." No momento eu jamais imaginei que esse "procura histórias" dito tão naturalmente se tornasse real agora, mas sabe, ela estava repleta de razão.
Quando começamos a pensar demais, criamos um universo paralelo que nos engana tanto quanto a ansiedade de querer ver algo. Não é bom para nós, não é bom para quem está sendo perseguido, não é bom para quem tem sua privacidade e até mesmo sua imaginação vigiada. Precisamos ter paciência, esperar. Entendo o medo de perder tempo, mas há coisas na vida que não se resolvem com atitudes drásticas, boatos e/ou falatórios infundados que criamos juntando peças de quebra-cabeças diferentes.
O tempo resolve tudo e quando as coisas têm de acontecer, elas simplesmente acontecem, sem pressão, sem desespero, sem maltratar ou machucar outras pessoas. É preciso saber esperar, mesmo quando acharmos que esperar não é o melhor negócio. É inteligente esperar. É racional esperar e principalmente é sensato.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Pegou-a em seus braços com força e tesão. Era coisa de momento, mas precisava entregar-se ao momento. Todos aqueles olhares e sorrisos dela para ele, despertaram-lhe uma vontade enorme de tomá-la em seus braços e beijá-la havidamente como há muito não beijara. Era diferente. Adorova ser insultado no sentido sexual da palavra e ela sabia insultá-lo. Sempre com aquele jeito sensual a rodeá-lo. Estava tendo calma apesar de algumas vezes demonstrar pressa. Sabia que mais cedo ou mais tarde ele não resistiria.
Não dava mais, olhava-a de longe pelas lentes de uns óculos escuros e ela dava um sorriso maroto de quem sabia o que ele estava pensando. Não era mais necessário falar nada. Olhares e mais olhares comprometiam-lhes.
"Por que ela joga charme pra mim?" Pensava nervoso.
Só hoje sentira vontade de beijá-la e ia beijá-la, não importava nada, não importavam as pessoas. Era desejo. Desejo despertado por uma mulher que sabia o que queria e sabia perturbá-lo com seus "joguinhos" sensuais. Sentiu-se só e quem estava ao seu lado? Ela, justamente quem não poderia estar. Libido em alta e um olhar dos pés a cabeça fez com que seu pensamento passasse da mente a boca sem pedir permissão.
"Quero beijá-la a-go-ra!"
Há muito ela queria ouvir aquela frase. Mas ali, naquele momento? Não era viável, não era oportuno. No entanto, como sempre, fez o que o corpo pedia. Beijaram-se.
O corpo dela tremia, coração acelerado, sentia toda a emoção de um momento inesperado. Bocas enroscadas num estremecimento de prazer. Estavam finalmente respondendo aos apelos dessa energia motriz dos instintos da vida.
Ele por sua vez, delirava e pegava-a com todo tesão guardado de sempre, todo desejo que ela despertara nele e que nunca pudera liberar. Era um beijo rápido, escondido, gostoso, proibido e, exatamente, por isso com uma força sublime que só a paixão atrelada ao desejo são capazes de produzir.
"É só uma prévia!" Disse ele olhando-a fixamente nos olhos.
Alguém aí sabe me dizer o que é amor próprio? Eu achava que sabia, mas não sei. Pensava que amor próprio era quando a gente tinha princípios e prezava esses princípios. Pensava que era quando a gente gostava de alguém e tratava esse alguém bem e queria sempre o que fosse melhor para ele. Pensava que ter amor próprio era você não se transformar sem motivos aparentes e mudar seu jeito de ser da água para o vinho. Enfim, estava redondamente enganada.
Aprendi ontem que ter amor próprio é ser todo atencioso com uma pessoa e do nada não querer mais aquela pessoa por perto; que ter amor próprio é ser esnobe com quem te trata bem; que ter amor próprio é não se preocupar se suas palavras vão magoar outro. Eu estava mesmo enganada em relação a esse sentimento.
Pra ser sincera, era só o que me faltava, viu. Uma pessoa convive com você há anos e seus “defeitos” nunca foram problema e do nada eles passam a incomodar. Mas sabe o que é amor? Confiança demais, amor demais, cuidado demais que dispensamos a pessoas que talvez não mereçam tanto.
Porém acho bem feito, as pessoas idiotas merecem sofrer para deixarem de ser idiotas. Merecem ouvir determinadas coisas para aprender. O melhor de tudo é que as idiotas um dia deixarão de ser idiotas e as pessoas amadas começarão a sentir falta das idiotas que lhes acompanharam e ficaram felizes com seu sucesso. Um dia, as idiotas vão rir do crédito que deram a quem não valorizou e quem não valorizou derramará uma lágrima de saudade do tempo que era amado.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Se Deus não fosse tão perfeito e tão imenso, já teria se arrependido de ter criado o homem. As pessoas são más, são cruéis, são pequenas, insuportáveis. Se eu fosse Deus exterminaria o mundo, deixaria o nada na existência, era bem melhor.
Você já reparou que todo mundo tem um lado ruim?
Hoje amanheci pensando nas pessoas. Elas enganam, traem, mentem, falam mal dos outros pelo simples fato de falar, espalham meias verdades ou mentiras inteiras com o intuito de destruir reputações e imagens que demoraram anos a serem formadas.
Nós temos que esconder nossas tristezas e nossas alegrias por causa das pessoas que têm opiniões diferentes e expõem essas opiniões mesmo sem ter nada a ver com o fato; que t~em inveja e lançam sobre nós maldições e feitiços para nos destruir.
Precisamos nos resguardar, pisar com cuidado por causa das pessoas que não sabem agradecer pelo dom da vida e fazer o bem em retribuição.
Pois se eu fosse Deus, hoje seria o dia que eu exterminaria o mundo. Hoje. Agora. Não esperava mais nem um instantes.
Você pode dizer: "mas existem pessoas boas também". E daí? Elas não podem viver mesmo, tem que caminhar sempre com cautela para não serem pisoteadas pelos outros. Sem contar que mesmo as pessoas boas tem a maldade dentro delas e mais cedo ou mais tarde essa maldade se soltará. Morreriam todos.
E nem pensar em recriar o mundo, só se fosse com animais. Aí sim valeria a pena, sem sentimentos envolvidos.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Parece senso comum esse negócio de amor impossível. Agora mesmo nos cinemas, está passando Crepúsculo, que é um filme de amor impossível. No caso um vampiro do bem e uma mortal se apaixonam e ele precisa lutar para não mordê-la e ainda defendê-la dos vampiros do mal. A história é linda. Eles quase não podem se beijar, uma vez que o cheiro dela desperta nele desejo de sugar seu sangue, mesmo assim eles se amam e ficam juntos.
Cena do filme Crepúsculo
Outra história, já antiga, mas que estou assistindo agora é Charmed, um seriado americano de 1999 em que aparece Piper, uma bruxa boa que se apaixona por Leo, um anjo luz branca e esse amor é impossível porque eles nunca podem estar juntos, estão sempre protegendo os outros e todas as vezes que ela precisa dele, ele é mandado embora por seus superiores. Enfim... Histórias e mais histórias de amores impossíveis,que despertam na gente o desejo de ser amada e amar alguém mesmo com complicações e impossibilidades.
Cena de Charmed - Piper e Leo
Será que na vida real também é assim? A gente até ama, mas os amores são sempre barrados por quaisquer problemas do dia-a-dia ou mesmo por questões sociais, desnível cultural, idade, mentalidade, compromissos e outra série de impecilhos que aparecem?
Acreditar ou não no amor não é a questão. Podemos até acreditar, mas infelizmente a realidade nos arranca os sonhos e o lado mágico do amor. Carlos Drummond de Andrade diz em um de seus poemas que saberemos quando o amor for verdadeiro pelo toque, pelo primeiro beijo e outros sinais. Compara tudo isso a magia, sinos que tocam, arrepios pelo corpo. Não creio que seja o bastante, pelo menos não nos dias atuais. A coisa está muito banalizada e misturada e precisamos até separar amor e tesão. Já pensou um negócio desses?
Nem adianta também falar de antes. O problema não está no tempo, está nas pessoas que não conseguem confiar, não conseguem separar realidades passadas e presentes e mesmo quando conseguem se sentem atormentadas pelo ciúme e a insegurança, quem sabe não seria correto falar em medo mesmo.
Exemplo claro disso é quando alguém nos julga por nossas atitudes de solteiros. Claro que se não temos ninguém, poderemos brincar a vontade, dizer coisas sem nos preocuparmos com um alguém em especial. No entanto se temos algum compromisso ou a partir do momento que percebemos que a coisa é séria, a coisa muda. Mas as pessoas de um modo geral - homens e mulheres - não conseguem separar isso. Sempre vão achar que se agimos de determinada forma quando solteiros agiremos igual quando "casados" (entende-se casados como qualquer relacionamento sério)
O que mais se vê são pessoas que buscam um tipo de relacionamento, mas suas cabeças estão tão cheias de desconfiança ou idealizações que elas não conseguem enxergar quem está a seu lado. Espero que isso se resolva ao longo das gerações, se não na minha, pois nas próximas. Um dia a humanidade terá de aprender a respeita e a separar as coisas. Eu acredito nisso.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
É inevitável sabe. Quando percebo já tenho feito. O fato é que eu me acho.
Me acho mesmo e pronto. Rsrsrsrs
Tornava-se atrevida, incontrolavelmente audaciosa. Era só vê-lo para despertar arrepios leves pelo corpo. Ele cumprimentava-a, e num abraço, seus corpos juntos, sem intenções, faziam os arrepios começarem a dançar por seu corpo. Ramon tinha esse poder.
Corpo bonito, malhado. Ela nem gostava de homens perfeitinhos, mas aquela sensualidade natural, aqueles olhos safados sobre ela, tiravam-na do sério e dali por diante nada ao seu redor existia. Ele também não lhe facilitava a vida, dava-lhe uns abraços e fazia-a senti-lo por inteiro, sem falar nos lábios carnudos que procuravam seu pescoço num arrepiante e delicado beijo.
Lentamente sua boca encontrava a pele da nuca de Clarissa e os olhos dela fechavam-se imediatamente entregando-se a ele num ato inconsciente e implícito. Não demorava mais que alguns segundos. Segundos esses que liberavam toda a libido guardada há tanto tempo. Esperava o momento certo de tê-lo, envolvê-lo em seus braços, realizar o que seu corpo há muito pedia.
Depois disso, nada desfocalizava sua atenção. Por vezes perdia o papo que rolava solto ao seu redor. Clarissa flutuava na imaginação de um instante.
Aquela tarde fora diferente de todas as outras. Estavam a sós. Finalmente a sós. Ela nem acreditava que esse dia chegaria. E como é sabido por todos, a demora traz consigo a ansiedade de um fato. Não sabiam ao certo como agir. Nas vezes anteriores eles não poderiam fazer nada mesmo então estavam livres para "brincar" um com o outro.
Era diferente, foi diferente naquela tarde.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Senti você tão distante...
Estava ali ao meu lado e ao mesmo tempo loooonge longe.
Esquivo.
Onde você estava, meu amor?
Onde?
Responda e eu lhe buscarei.
Trarei seu olhar vago
E preencherei com calma e ternura.
Onde?
É só dizer e terás o carinho acolhedor.

Senti você tão sem rumo.
Estava ali com todos e ao mesmo tempo sozinho.
Esquivo.
Num mundo só seu,
Impenetrável.
Onde você estava, meu amor?
Onde?
Responda e farei teus olhos encontrarem os meus
Que cheios de ternura e afeto
Tranqüilizarão sua angústia.

Senti você tão entregue a outro mundo
Que quero buscá-lo.
Quero-o de volta
Se não para mim, pois para ti mesmo
Onde você estava, meu amor?
Onde?
Responda para que eu possa tocá-lo
Com mãos ternas e fortes
E puxá-lo para perto de mim...
Perto de ti, de teu mundo...

Senti você assim:
Longe,
Sem rumo,
Perdido.
E quero, por meu amor, trazê-lo.
Se não para mim, pois para ti mesmo.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Por mais que a gente tente, MSN é um problema e se você estiver ansiosa, esse problema triplica. Não adianta dominar a língua e os sinais de pontuação. Nada lhe dará a entonação correta e você corre o sério risco de entender tudo errado para melhor ou para pior.
"É, foi legal!"
Pode ser lido de "n" formas. Pode ser um "É, foi legal" bem entusiasmado com sorriso, com gostinho de quero mais e pode ser um "É, foi legal" daqueles bem baixo astral ou ainda um "É, foi legal" mediano que não nos diz nada. Eu já me aborreci com uma frase dessas e sei bem como ela funciona.
Nada substituirá o olho no olho. Por MSN você está sujeito a se apaixonar pela pessoa errada, a acreditar numa verdade vista só por você e/ou sofrer uma decepção do tamanho do mundo. E nem adianta dizer que se você conhece a pessoa você já sabe como é a entonação, porque você não sabe. Imagina. E como eu costumo dizer "não me mandem imaginar nada. É muito perigoso." Minha imaginação é fértil demais e sempre me leva pelos caminhos que eu mais quero, ou seja, caminhos nem sempre certos.
Imagine a seguinte cena. Uma casal que "ficou". Aí um deles comete a idiotice (porque uma perguntas dessas só parte de um(a) idiota) de perguntar se o(a) outro(a) gostou de ter ficado. O outro (de agora em diante tratado pelo masculino, mas que serve para ambos) responde;
"É, foi legal!"
Como é que vamos saber se foi legal mesmo ou se o tal outro quer dar um fora clássico e educado? De jeito nenhuma, né? Não dá para saber porque não teve olho, nem feições, nem audição.
Uma vez uma amiga me disse ou talvez foi eu que disse a ela, não lembro, numa situação propícia que não deveríamos nunca resolver problemas pelo MSN e ela ou eu estava coberta de razão. O MSN atrapalha algumas vezes. E dá uma angústia da porra. Porque depois que a pergunta foi feita não poderá ser repetida e você ficou sempre sem saber o que o outro achou.
Sem contar aquelas vezes que você não quer falar com uma determinada pessoa e demora horrores para responder e a pessoa fica (mais uma vez no papel de idiota) esperando você responder, puxando assunto para tentar manter o papo que já morreu há horas. Aí você diz: "Desculpe dei uma saidinha" ou "Estava no telefone" enfim... fala qualquer bobagem e o outro aceita a desculpa esfarrapada porque pode não ter sido uma desculpa.
E se a pessoa se cala. O que significa? Que não quer mais falar ou que está morrendo de vontade de falar, mas não sabe uma frase de efeito para lançar naquele momento e para não correr risco de dizer bobagem, fica calada? A pessoa pode estar de saco cheio do outro e cala para ver se esse outro se toca e se manda. Enfim, nem adinata tecer teorias, não chegaremos a lugar nenhum. MSN é MSN e pronto.
Sei não viu, a tecnologia está cada vez mais agindo para afastar as pessoas ou torná-las mais ansiosas. Eu que sou ansiosa por natureza quando quero saber saber algo específico de alguém falto morrer, pois fico imaginando e tentando descobrir a entonação correta para não me enganar nem para mais nem para menos. Preciso de um desconfiômetro novo, esse de imaginar não está resolvendo meu problema.
A outra solução é parar de conversar por MSN, assim eu não passarei pelo redundante jogo de verdade e mentira.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Nada no mundo melhor que ter amigos...
Houve um tempo em que eu não tinha amigos e meu sonho emocional era esse. Eu achava tão legal, tão importante quando via amigos, preocupados um com o outro e tentando amenizar situações chatas, ou dores que o mundo oferece, mas eu não tinha esse alguém. Confesso que eu não tinha por minha culpa. Eu não procurava cativar as pessoas, na verdade não sabia, nem sei fazer isso (mas tô melhorando rsrs). Tenho esse meu jeito carente, possessivo e abusado que é dose de aguentar, então ficava difícil. Costumamos dizer que é amor mesmo porque nos aguentamos numa boa e até gostamos disso.

E um dia, as coisas começaram a caminhar para que meu sonho (ou um deles) se realizasse. Conheci em duas escolas ao mesmo tempo uma moça morena, alta, que depois eu percebi que tinha um temperamento difícil, mas que eu gostei logo de cara. Os santos bateram, como dizem. Era o início de uma longa, amável e complicada amizade. Fui me aproximando dela e hoje (sem entrar nos detalhes do tempo) somos MUITO AMIGAS. A gente briga, é verdade, mas e daí? Quem não briga, né mesmo?


Anos depois essa amiga me falou de uma amiga dela que estava precisando de um apoio, de novas amizades, enfim... passando por aquelas mudanças que passamos sempre e eu conheci a Grazi.



Menina, com essa foi que os santos bateram mesmo (risos). Nos tornamos amigas e mais amigas e mais amigas. Hoje tenho as duas em meu coração.
E é incrível o poder das três. Juntas não sentimos tristeza. Pode ter caído o mundo, se tivermos juntas estaremos rindo e nos apoiando mutuamente.

Hoje foi um dia assim. Estávamos "separadas" há alguns dias. Cada uma resolvendo suas coisas, horários desencontrados, ,outras atenções. Mas hoje num deu não. A saudade era enorme e como nos sentimos bem pelo simples fato de estarmos juntas.
Assim é o PODER DAS TRÊS, resolve qualquer dor.
AMO MUITO VOCÊS!!!

Negócio louco esse de paixão, né? Parece que toda a noção que temos e que demoramos muito a construir, vai embora assim num passe de mágica. E tem mais, quando estamos fazendo as maiores loucuras e atrocidades sociais pela pessoa que estamos envolvidas, quem disse que a gente percebe?
Menina, parece que tampam nossa visão e nosso senso. A gente é capaz de chegar na cara lisa e fazer ou dizer tudo. Beijar na boca do ser desejado na frente de quem quer que seja, dar cantadinhas (que seriam escondidas) no meio de todo mundo, sorrisos e mais sorrisos são despejados aos montes, ou seja, loucas, agindo sem pensar. E tanto faz termos dezessete como trinta anos, a paixão tem esse poder de transformar. Para não dizer "inconseqüentizar" a gente.
Mulheres, sei não. Está na hora de termos mais noção ou, pelo menos, um pouco de mais cuidado. Parece que quando estamos apaixonadas o lema de nossas vidas é "Viver a vida loucamente" ou quem sabe "Aproveitar o hoje, pois pode não haver amanhã". É alguma coisa mais ou menos por aí. Alguma coisa que expresse desespero de viver e fazer o que lhe vier a mente.
Ah, sabe quando vamos dirigindo calmamente e a louca do carro da frente bota a cabeça para fora e grita: "Fulano, eu te amo!!!" e a gente (talvez morrendo de inveja por não ter um motivo para gritar isso) diz: "Aff, por isso que acontecem os acidentes. Esse povo é todo doido" e fecha a cara? É uma cena clássica de falta de noção por paixão. São sintomas não muito raros nas mulheres. Isso foi só um exemplo bobo. Coisas piores acontecem.
Mas quer saber: VIVER É BOM DEMAIS!!! AMAR É BOM DEMAIS!!! E fazer essas loucuras de paixão é a melhor coisa que podemos ter na vida.
Acordar cedo e dizer "Bom dia, sol. Bom dia, vida!" Assim do nada é a melhor fase que qualquer indivíduo pode passar.
Eu já decidi. Falem o que quiser, mas viverei minhas loucuras intesamente. Assim todos saberão que SOU FELIZ!!!!
domingo, 18 de janeiro de 2009


Só uma coisa me entristece

O beijo de amor que não roubei

A jura secreta que não fiz

A briga de amor que eu não causei

Nada do que posso me alucina

Tanto quanto o que não fiz

Nada do que eu quero me suprime

Do que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora

Aquela que meu coração não diz

Só o que me cega, o que me faz infeliz

É o brilho do olhar que eu não sofri



É necessário reconhecer quando se perde.
EU PERDI.
Não sei se perdi um grande amor, mas sei que perdi.
Não sei se o que perdi me traria grandes coisas, mas perdi.
Não sei, ao menos, se perdi de todo, mas sei que perdi.

Perdi o que nem começou,
Perdi você e seu amor,
Quem tem culpa?
Não interessa.
O que interessa é que perdi.

Essa perda me dói, mas não machuca tanto.
É uma dor saudosa.
Dor das boas.
Não sei, ao menos, se perdi de todo, mas sei que perdi.

Perdi o que sinto falta.
Perdi você.
Perdi quem eu achei que jamais perderia.
Não sei se o que perdi seria meu céu, mas sei que perdi.

Perdi e não posso arrepender-me
Perdi e não sinto culpa, nem culpo.
Apenas perdi, como se perde sempre.
Nem sei se o que perdi era meu, mas perdi.

Perdi você que "era meu".
De alguma forma você era meu
E eu perdi.
Perdi...
Perdi e não se fala mais nisso.

Sempre há algo que nos espera. Quando começa um ano novo eu sempre me pergunto " o que será que vivivrei durante esse ano?" Que bobagem! Não adianta se perguntar, nenhuma resposta virá a sua mente o máximo que se pode saber é que virão tristezas e alegrias, muito trabalho e algumas decepções, ou seja, coisas que são próprias da vida que ocorrerão a todos.
E eu podendo me contentar com isso, fui mexer no que estava quieto. Eu só fiz isso porque acreditei que estava sarado, podia até visualizar a cicatriz. Que nada. Foi só passar pelo mesmo lugar, ver as mesmas casas e principalmente aquela casa que tudo voltou. Eu conseguia enxergar pessoas e ouvir vozes, tudo tão igual.
Eram as mesmas frases, os mesmos passos. As mesmas sensações. A única diferença foi que eu sabia que aquilo tudo era apenas uma lembrança, uma recordação...
"Quero ir. Por favor, vamos"
Na minha minha mente eu estava pronta para contar a história tantas vezes lida; na minha mente eu refaria o caminho e veria a casa, mas nada se transformaria. Fui então em busca da foto perfeita para enfeitar o texto que não será escrito.
Algumas coisas estavam diferentes, poucas coisas. Logo reconheci o barzinho rústico o lugar da mesa, senti o mesmo vento no rosto e lembrei de palavras ditas. Passos a frente e mais recordações surgiram. No entanto o coração bateu forte mesmo depois de alguns arbustos quando vi a casa, a varanda, o terraço na frente, o lugar da rede.
Em minha mente as portas se abriram, as crianças corriam na sala espaçosa e eu armava a rede na varanda. O céu azul e límpido escureceu e inúmeras estrelas ocuparam seus espaços. Ouvi Drummond "Quando nasci um anjo torto me disse: Vai Carlos ser gauche na vida" (risos). Tudo tão completo. Tudo tão passado. Um verdadeiro deja vu.
Não tive como evitar a lágrima que desceu em minha face e o aperto no coração.
"Vamos, eu já vi o que queria"
Era suficiente para saber que eu ainda não estava curada.
sábado, 17 de janeiro de 2009

É muita gente para pouca foto, meu povo...
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Reletuei eu postar essas fotos porque as pessoas não sabem ver carinho e amor. No entanto são demosntrações de afeto que me deixam muito feliz e foram dadas por pessoas que me são muito caras.











terça-feira, 13 de janeiro de 2009



Você já passou por uma situação em que a gente pensa uma coisa, acha que conhece alguém e não conhece? Não tô falando daquelas vezes que nos decepcionamos e achamos que a pessoa não era capaz de atitude A ou B e ela faz e aí começa aquele processo todo de decepção. Não é nada disso. Tô falando de quando você se encanta com uma pessoa, ver essa pessoa de um jeito e depois ela simplesmente não era como você via.
Pois eu passei por isso e fiquei intrigada. Não houve decepção, nada disso, pelo contrário, porém não era quem eu pensava. Eu via uma pessoa diferente: doce, meiga, amável, que talvez fosse apaixonada por mim, que adorava cuidar de mim, tudo isso. Ele era meu príncipe de conto de fadas, aquela pessoa que completaria meu coraçãozinho vazio.
Que nada. Não era nada disso. Quando minhas "lentes da verdade" começaram a clarear, eu tive vontade de rir. Não era o cara por quem eu me apaixonei. Fui com um cara e voltei com outro. Como pode hein?
Esse cara também era admirável, mas com diferenças enormes. Passou de doce e cuidadoso para indiferente e grosseiro; Passou de apaixonado por mim para nem aí pra mim; Passou de imaturo e confuso para alguém seguro de si, maduro, pelo menos no que diz respeito a ele próprio. Ele sabe muito bem quem ele é, sabe o que quer. Só tem uma relativa imaturidade relacionamental.
Voltei admirando-o muito, mas com uma visão diferente. Talvez eu tenha olhado mais que três segundos como nA Luneta Mágica de Joaquim Manuel de Macedo, talvez eu tenha feito um filme particular. Se bem que outras pessoas o viram como eu vi. Enfim, não interessa o que houve.
Hoje ele é outra pessoa para mim.
Se ainda sou apaixonada por ele? Sim, claro, mas de uma maneira diferente, de uma maneira mais madura, mais próxima da realidade, sem a trava da ignorância para burlar o que posso a vir sentir. Contudo nada acontecerá, eu acho. Ele, como eu disse, não é como eu imaginava. Falta-lhe também um pouco de maturidade nos relacionamentos, um pouco de entrega sem preocupação, sabe. Ele está muito ligado ao depois, não aprendeu a viver intensamente, talvez não seja hora.
Gostei do vi, do que passei, aliás gostei é muito pouco. FOI MARAVILHOSO como há muito não era - as pessoas perderam a delicadeza dos atos, do beijo, do toque, ele não -, mas como eu já disse anteriormente em outros textos por aí, quando eu sei em qual terreno piso, fico tranquila e faço o que posso, às vezes nem movo o pé, pois sei que a pedra seguinte não é segura. Se eu vou para a próxima pedra ou não, não sei, mas sei que VIVI e jamais me arrependerei. Se eu puder sentir o que senti de novo SERÁ ÓTIMO, se não, FOI ÒTIMO.



A paisagem corria fora do carro, negra, veloz, com pontos brilhantes que formavam listas luminosas. O carro nem ia tão rápido. Ansiedade controlada. Conversara com uma amiga no dia anterior e já sabia como proceder. Esperaria o melhor momento, exporia tudo que estava pensando — corria riscos, era certo, mas resolveria sua angústia — esperaria a resposta e a partir daí, repensaria.
Lembrou do papo da noite passada, tranqüilizou-se. Ele estava no outro carro com os amigos, música alta, risos, brincadeiras... Tudo muito animado e descontraído. Não pensou nela, estava indo para divertir-se, estar com amigos e se acontecesse algo, tudo bem, se não, não faria nada diferente. Os planos eram apenas passar o fim de semana. Ela estaria lá, ele sabia, mas já havia aprendido a controlar seus pensamentos, não passava horas sonhando, pensava, às vezes, e afugentava logo aquilo que pudesse lhe pesar na mente.
Algumas curvas, muitos quilômetros de reta. Conversas espaçadas, música alta e mais risos. Assim estava bom, estava dentro do planejado.
Outro carro, outro clima. Biquini Cavadão fazia a trilha sonora, pouco papo, poucos pensamentos. Vez por outra falava-se algo sobre a escuridão e o fato de terem saído tarde. Iam avante. Ultrapassavam carros, ansiosos pela chegada. Não pelo que estava por vir, mas pelo cansaço e pelo dia perdido. Horas depois entraram na cidade praiana. Clarissa lembrou dos carnavais passados, de outros momentos marcantes que tivera ali próximo. Suspirou, mais um vez teria fortes emoções no mesmo cenário. Estava fadada àquela paisagem.
O carro dobrou a esquerda, agora faltavam poucos quilômetros, cinco ou sete no máximo. Esperava conseguir dormir bem, descansar, esse era o objetivo. Tinha passado uma semana péssima em relação ao sono. Por várias noites perdera o sono, tivera pesadelos com Renato, angustiara-se, estivera em estresse por não saber exatamente o que estava acontecendo. Gostava de ter o controle da situação, sabia lidar com tudo, mas precisava saber, ter certeza, ter controle. Todas as vezes que perdia isso, ficava ansiosa e essa ansiedade machucava-a muito.
Planejara dormir a maior parte do tempo: armar sua rede na varanda, receber a brisa do mar, ouvir o marulho e finalmente relaxar. Só a distância de seu cotidiano já lhe dava a velha sensação de realidade paralela, aquela sensação boa de que você não é exatamente você e por isso não precisa se preocupar tanto com as responsabilidades ou conseqüência de seus atos.
Sempre fora muito preocupada, muito responsável, tinha seus acessos de inconseqüência, mas eles eram muito comedidos, porém era fazer uma viagem, por pequena que fosse, para se tornar uma pessoa livre de certas amarras.
O carro parou em frente à casa, finalmente chegaram. Ele havia chegado minutos antes dela, o segundo carro estava um pouco na frente. Todos vieram receber os amigos. Brincadeiras, risos. Tiraram as malas do carro e na porta de entrada estava ele com seu olhar doce e enigmático que a encantava sempre. Abraçou-a levemente, com um aperto propício e conveniente, num clima de ‘finalmente estamos aqui’, abraço gostoso que trouxe a ela uma certa tranqüilidade e a certeza de que estava tudo bem... tudo bem...
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009



Parece que os finais de semana foram feitos para a gente ter SAUDADE deles. Eles vão e vêm tão rápido que a saudade aperta no sábado à noite. Os meus estão sendo assim: saudosos, divertidos, animados, cheios de expectativas. É mais uma fase onde as coisas se arranjam naturalmente.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
É... a gente reclama demais e não ver que possui tudo.


É... a gente não sabe ser realmente feliz.


É...precisamos ver além do horizonte.


É... se o sol e a lua apareceram podemos sorir.


Você já observou que a gente reclama de tudo e mesmo quando não tem o que reclamar a gente inventa. É assim:
  • Se temos amigos, queremos um amor;
  • Se temos um amor, queremos amigos;
  • Se temos liberdade para sair e chegar a hora que queremos, achamos que ninguém nos ama;
  • Se quando saímos a mãe ou o namorado querem saber aonde vamos, que horas voltamos, achamos que as pessoas não confiam na gente;
  • Se temos pai, mãe e irmãos queremos que eles sejam mais legais;
  • Se não os temos, queremos pelo menos tê-los.
  • Se amanhece chuvendo, queríamos sol, pois talvez fôssemos à praia.
  • Se o sol está lá fora, reclamos do calor e da claridade que não nos deixou dormir até mais tarde.
Por que fazemos isso?
Por que estamo sempre arrumando confusão? Será que não dava para simplesmente agradecer por aquilo e aqueles que conquistamos?


Precisamos aprender a ver o que nos cerca, a aproveitar as oportunidades, viver o que tiver de viver, amar quem tover de amar e pronto. Mas ô povo complicado são esses filhos de Deus que nunca se dão por vencidos.
Em nossas vidas, nem sempre, as coisas são tão simples. Às vezes aparecem coisas tão surpreendentes, mas tão supreendentes, que nos deixam sem reação. Essas coisas podem ser em qualquer aspecto e podem ainda ser boas ou ruins. O que nos resta é adaptarmo-nos a elas. E essa adaptação é osso.
Não me sinto preparada para mudar. Andei até lendo algumas páginas de "Quem Mexeu no meu Queijo?" para ver se aprendo a passar por mudanças, mas ainda não consegui pensar como os ratos. Claro que as coisas não são feitas em um dia e claro que as adaptações precisam de muita calma e eu, definitivamente, não tenho calma para nada.
As mudanças exigem da gente uma força de vontade muito grande. Exigem esforços que nos parecem (em alguns casos) muito dolorosos, porém as mudanças são necessárias. Elas simplesmente acontecem e "buuuummm" matam nossa comodidade.
Bem, se é preciso mudar, acordarei aquela mulher que sabe o que deve ser feito e faz independentemente de qualquer coisa.
Se é para doer, que doa.
Se é para aproveitar, que aproveite.
Se é para sorri, que sorria.
É assim que deve ser.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009



Renato estava em casa, deitara-se um pouco para repousar do almoço. Tarde quente, ultimamente o tempo não tinha sido amigo. Era quase impossível se concentrar para fazer algo nas tardes, principalmente descansar. Até os ventiladores, direto ligados, não ajudavam muito naqueles dias, mas deitara-se e estava, na medida do possível revendo algumas coisas que precisava rever. Estivera distante, não entendia bem o que estava acontecendo com ele, eram pensamentos confusos, vontade de estar distante.
Clarissa... o que ela representa pra mim? Tantas vezes fez aquela pergunta e ficava sem resposta, não sabia ao certo. Se fosse em outra circunstância, não havia o que pensar. Se ela não fosse quem é, tudo seria tão mais fácil, mas alguns fatores influenciavam para estar ali pensando nela. Nem queria pensar nisso. Por que pensar? Ele não precisava resolver nada. Não havia o que resolver, mas era assim, sem mais nem menos lá estava ela em seus pensamentos.
Pensou então no matrícula da faculdade, isso sim seria legal, começar uma nova vida, conhecer gente nova, novos ambientes, novos tudo.
“Por que pensar nela? Por que não pensar nela?”
Adormeceu enfim, os ventiladores amenizavam o calor e o cansaço batia forte. Precisava descansar. Dormir um pouco antes de enfrentar a burocracia dos cartórios. Tinha algumas coisas para resolver.
Como ela estava linda...e ele ao lado dela, por que ele? Eram imagens mistas. O beijo de ontem, meu melhor amigo rindo de mim ou para mim, nem sei. Eles rodavam por ele. Estou tonto. Parem! Eles riam. Imagens e mais imagens passavam por ele, mais um vez o beijo, o tal beijo que no momento foi mágico e que agora atordoava seu sonho. Ontem fora um sonho? Não sabia. Estava confuso. Não distinguia realidade e sonho.
Acordou sobressaltado, suado apesar do ventilador. Sentou-se na cama, pôs as mãos no rosto limpando o suor que escorria-lhe pela testa. Fora um sonho, definitivamente, um sonho.
“Meu Deus, estou louco mesmo!”
Telefone tocou.
“Ah, não. Ainda mais isso. – Atendeu impaciente. – Alô! Hoje eu não posso, terei que resolver umas coisas.”
Do outro lado da linha, Pâmela insistia para ele encontrá-la. Estava se sentindo insegura. E ele não a queria mais, tinha sido um namorico sem importância, não sabia que ela ia se apaixonar e não queria magoá-la. Melhor deixá-la pra lá. Achava que não queria ninguém.
Precisava reorganizar sua vida, estudar, começar essa nova etapa e sentia-se pressionado. Odiava sentir-se pressionado. Clarissa pedia atenção, ele não sabia se queria dar essa atenção, cobrava o amor de antes. Eu sou o mesmo. Ela não via assim. Amava-a, mas não tinha conseguido descobrir que tipo de amor era esse; Pâmela cercando-o, querendo saber do sim ou do não. Como se não bastasse Amanda queria saber se ele a amava se preferia ela ou Clarissa, brincava com isso, fazia competições implícitas com Clarissa para ver quem ele preferia. Quanta infantilidade. Eram amores diferentes. Se amasse Amanda ou mesmo Pâmela, não haveria problema nenhum. Era simples. E eu amo Clarissa? Ah não, outra vez essa pergunta. Não agüento mais.
Por que as mulheres não podem deixar as coisas acontecerem, precisam cobrar, perguntar, precisam de respostas? Ele não tinha respostas nem para suas próprias dúvidas, imagine para as dúvidas dos outros.
Pegou a toalha, tomou um banho demorado, deixou a água cair em sua cabeça para levar todos aqueles pensamentos confusos. Não precisava decidir nada. Não havia nada a ser decidido. Não importa se eu amo ou não Clarissa, se eu amar mesmo, com o tempo, verei; se não, paciência. Nem sei o que ela sente por mim. Às vezes achava que ela o amava também e em outros momentos achava que ela apenas gostava dele como amigo. Incertezas duplas. Antíteses de um amor oblíquo, obscuro. Arrumou-se e saiu para resolver o que havia de resolver.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Antigamente somento os homens podiam querer sexo. As mulheres tinham que ser românticas e jamais se aproximar de algo, ou principalmente alguém, por desejo sexual. Só era dado a elas o direito a sonhar com um amor. Aliás a palavra "sexo" nem devia ser pronunciada. Era feio, atrevido demais. Mas será que as mulheres não sentiam mesmo desejo sexual?
Se aceitarmos o fato delas não sentirem nada, nadica de nada, teremos que aceitar que a sociedade corrompe valores e que foi a sociedade e sua evolução que trouxe o desejo sexual à tona. Por outro lado se aceitarmos que elas sentiam sim e se reprimiam por causa da bendita sociedade, estaremos dizendo que as mulheres eram apenas sonsas. Como saber?
O fato é que hoje é muito normal vermos mulheres que sabem separar amor e sexo e vivem bem, melhor do que as que não separam. Algumas ficam esperando o príncipe encantado, aquele que vai levá-la em uma carroagem liiiinnnnnda, puxada por cavalos brancos com pêlos esvoaçantes. Dá lincença. Príncipes não existem. Tenha paciência. Esperar por cavalo branco e tudo mais é exagero.
No entanto não precisamos fazer o exagero oposto, né? Também não precisamos sair por aí fazendo sexo a torto e a direito sem nos preocuparmos com os sentimentos. Se bem que essa história de sentimento - infelizmente - está sendo deixada de lado. - Quem sabe a sociedade possa lhe responder por quê. Tá vendo como tudo isso é confuso e antitético?!?!
Hoje, existem os ficantes que são apenas casuais, podendo ou não se repetir a dose, caso haja o interesse; os namorados, classe rara e de difícil acesso; os amantes, seres comprometidos, mas que precisam, sob pena de não serem felizes, de um outro tórrido amor; e a mais nova e assustadora das nomenclaturas: os trepantes, conhecidos de alguns por P.A. (nem me pergunte o que significa porque não sei, mas é pelo menos uma sigla mais amena para um nome tão agressivo) que são aqueles para quem se liga dizendo que está a fim de fazer sexo e ele vem correndo, mata seu desejo e some até a próxima ligação.
Que mundo esse, hein? Já pensou a cena:
"Alô?"
"Oi amor, é que estou um pouco carente, sabe e preciso de você. Passa aqui em casa pra gente 'brincar'."
É forte, né? E pode até ser que nem seja assim nessa facilidade toda, mas que pesa, isso pesa.
Prefiro acreditar que amor é uma coisa e sexo é outra que não precisam necessariamente co-existirem, mas que não é propriamente algo que possa ser banalizado.
E você o que acha dessa modernidade toda?

Nem sempre as coisas eram tão fáceis na vida de Clarissa. Ela enfeitava demais os fatos, era-lhe próprio enfeitar, talvez para sair da verdade. A verdade doía-lhe n'alma e nada mais propício que inventar uma daquelas histórias lindas que ela inventava sempre que precisava fugir da dor. Deixava as histórias do jeito que ela queria que fosse. Naquele dia, quis por que quis, assim sem razão, que seu amor fosse outro. Não lhe bastava o que tinha, inventava outro. Pois foi assim que Clarissa inventou seu romance com Renato. Ou pelo menos ela achava que estava inventando. Talvez estivesse apenas se entregando. Vai saber!...
A dor da perda definitiva de César fez-lhe procurar ao seu redor alguém que a amasse. Renato a amava, como amigo, mas amava e era um amor tão cuidadoso, tão presente. Ela o amava também ,mas numa intensidade diferente, nunca olhara para ele com outros olhos. Ele sempre estivera ali a todo instante, ajudando no que precisava, paparicando-a e ela mesmo gostando não via como algo possível. Se bem que possível não era mesmo. A dfiferença de idade impedia.
Porém diante da dor, aceitou o amor de Renato e passou aoferecer o seu a ele ao que ele recebeu de bom grado.
Renato era carente de amigos, não tinha muitos e também não aprendera a valorizá-los. Às vezes se afastava, esperava que os outros o procurasse para sentir-se valorizado. E com aquela atenção toda acabou ficando cada vez mais próximo de Clarissa que recebeu-o com enorme felicidade. Era assim, ela oferecia a ele o que ele precisava e ele oferecia a ela o que ela precisava, uma troca. Não pensem vocês que era interesse, não era. Eram apenas coisas naturais da vida, sem perceber, se aproximaram demais.
Estavam sempre juntos, riam juntos, os olhos de ambos começaram a brilhar um pelo outro. Foram se envolvendo sem saber, sem querer. Logo começaram as brincadeiras juntos: dançavam sem música, abraçavam sempre; tiravam fotos como namorados e andavam como namorados. Clarissa já não sentia dor se estivesse com Renato, pensava nele, queria-o sempre por perto. Renato, por sua vez, ficava cada vez mais apegado a ela. Amava-a com ternura e cuidado.
Os dias passaram e eles mais entregues mesmo sem perceber. Não pensavam nas complicações e nem havia motivo para isso, eram apenas amigos. Amigos que se amavam. Amigos que só queriam estar juntos. E a amizade progredia para ciúmes, alguns até forjados, mas davam uma graça a mais. Outros amigos elogiavam.
"Esses dois... sei não... é amor... só pode."
"Já sei, tu quer ficar perto da Clarissa."
"Tu viu o Renato, Clarissa?"
Viraram referência um do outro. Até aí não sabiam que estavam A-P-A-I-X-O-N-A-D-O-S!

Sabe quando a gente sente que as coisas não serão como antes? Sente que se não acabou ainda, está acabando? Quando a gente sente saudade do que foi antes de ter ido? É o que sinto. Sinto saudade do que tenho, porque sei que o que tenho, irá logo logo. Por isso que devemos viver todos os momentos com a intensidade merecida. Valorizar cada encontro, cada bom dia, cada EU TE AMO dito e ouvido. Amanhã poderemos não tê-los...
Mais uma vez a minha frase preferida faz sentido:

No fluir do tempo, uma oportunidade perdida, estará perdida para sempre!"




Hoje sinto SAUDADE do que tenho agora.

Matando a saudade e a angústia do domingo à tarde


Como disse a Patty: Nós nos matinhos.

Dragão do Mar
domingo, 4 de janeiro de 2009
ODEIO OUVIR VERDADES, PRINCIPALMENTE AS QUE JÁ SEI.
sábado, 3 de janeiro de 2009

Agora era real, ela havia inventado um encontro, criou um motivo qualquer, ligou para ele e se encontraram em fim. Era um encontro às escondidas. Ninguém podia saber, seria imprudência que os outros soubessem, ela se arriscaria, mas confiava nele e a vontade de vê-lo foi maior. O sol ia forte no alto quando se viram ao longe.
Os olhos encontraram-se depois de dias sem contato. O mundo parava naquele instante. A passos lentos eles se aproximavam, havia uma ligação entre eles feita com o olhar. Ele trêmulo, nervoso. Não entendia como aquela sensação podia percorrer-lhe o corpo, não era assim o normal ou, pelo menos, não tinha sido com outras com quem se relacionara, mas ela não era qualquer uma, ela era diferente, era proibida, era dele, era uma mulher.
Nunca tivera uma mulher em seus braços, nem mesmo ela, ele tivera, mas teria, estava perto, ele sabia. O amor crescia a cada encontro burlado, a cada encontro desmarcado por impedimentos improdutivos. Por que sua mãe fazia aquilo? De nada adiantava. Só aumentava a emoção, por algumas vezes achou que o que havia de diferente nela era isso: o impedimento, mas pensava nela a todo instante. Até o cheiro dela em sua cama ele já sentira. Em todos os lugares que olhava ela estava: computador, celular, cadernos, nele próprio. Não tinha jeito. Não podia ser por uma simples proibição. Era uma espécie de amor.
Ela, por sua vez, estava com medo, medo do que sentia, medo do encontro. Sabia que não devia. O certo era se afastar ou dar um tempo, deixar a poeira baixar, deixar as pessoas esquecerem deles, mas como? Estava envolvida pela novidade, pelo amor oferecido a ela, um amor puro, um amor que despertou o dela. Foi ao encontro e estavam ali, frente a frente.
Não se ouvia nem uma palavra, os olhos falavam pelos dois. A rua vazia ajudava que eles pudessem viver essa magia. Subiram na moto e seguiram viagem. O encontro não podia ser ali no meio da rua tão próximo de olhos espreitadores. O abraço era terno, saudoso. Ela flutuava sobre rodas e ele sentia as curvas do corpo dela imaginando-o inteiramente dele.
Chegaram. O mar ali, enigmático como os dois, sentaram-se na areia, tocaram-se com as pontas dos dedos, olhos piscando lentamente inebriados de amor e desejo. As mãos passeavam pelo rosto um do outro. Não se sabia se eles queriam olhar-se ou entregar-se ao momento. Ficaram ali alguns muitos minutos, meia hora mais ou menos, naquele ritual de saudade, de amor proibido.
Ele a puxava para perto de si. Deitava as costas dela sobre seu peito, afastava seu cabelo com delicadeza e beijava-lhe a nuca, enquanto ela olhava as ondas e o pôr-do-sol. O cabelo tinha cheiro bom, um cheiro que o fazia repetir o encostar de lábios sobre seu pescoço nu.
Fazia muito tempo que Clarissa não tinha uma sensação daquelas, sensação de toque, de pureza, de amor. Deixou-se entregar e sentia-se hipinotizada pelo toque da mão de Renato. Virou-se lentamente e fez com que seus lábios finalmente encontrassem os do amado. Era o primeiro beijo deles. O primeiro de muitos que estavam por vir.
Beijaram-se então. Viveram ali instantes de sonho. Eram lábios macios que deslizavam sobre o outro, um gosto diferente, especial, que só o amor pode trazer, gosto de quero ser seu, gosto de vou deixar-me ser sua. Não podiam acreditar que chegaram ali naquele momento. Um beijo? Um beijo era muito para quem pensava em amor platônico. Era de início um amor platônico, mas agora realizara-se. Era real. E isso assustava a ambos.
Ao abrir os olhos viram que dali em diante tudo mudaria.
Minha vida é toda surreal.
As coisas mais absurdas acontecem comigo. Quando digo absurdas, são absurdas mesmo: traições espetaculares, brigas com amigas, paixões recolhidas, paixões proibidas, trabalhos trocados, lugares conhecidos, enfim... Todo tipo de coisa.
Se não, viu. Minha vida é uma graça e como diz a Ariadine dá um livro. Deus me dê o dom de escrever assim ficará ótimo.



Conheci essa menina há dois anos. Ela era apenas uma a mais na sala de aula, estava no 1º ano e era novata numa sala muito complicada em que se precisava de muita calma e atenção, então não tive muita amizade com ela. Os novatos são deixados um pouco de lado sabe, eles são... novatos e na verdade nem a notava, uma qualquer mesmo (no melhor sentido da palavra, claro).


No segundo ano, as coisas melhoraram um pouco, ela se tornou para mim, a "lesada-mor", eu cheguei a achar que ela era burra, depois pensei que ela se fazia de burra para melhor passar, porque sendo burra se tornou engraçada e todos falavam da leseira dela, assim ela chamava a atenção. Nessa época ela tinha um namorado - na minha mente - ela era a doidinha que vivia correndo atrás dele e ele nem aí para ela. Até que namoraram firme.


Eu os olhava e pensava: Perfeito. Nunca tinha visto casal tão perfieto: os dois grandões, jovens, bonitos, ela lesada, ele lesado, os dois fingindo uma burrice inexistente (nem sei por que fingiam isso), achava que era impossível achar melhor par que eles dois.


Chegamos então ao terceiro ano. Ano complicado para todos. Nós, professores, por sermos mais cobrados e não podermos fazer nada além de incentivar; eles, alunos, por serem cobrados também e não conseguirem fazer mais. Era uma turma que prometia bagunça e desinteresse e no meio dessa, lá estava ela, na sua lerdeza característica com seu namorado gato, voltou a ser imperceptível para mim. Não dava para notar uma entre tantas pessoas, sem falar que outros alunos eram mais chegados a mim, enfim...


Antes do meio do ano lá vem confusão. Ela reclamou de mim. Eu tive ódio, não sei se dela ou de ela ter reclamado, não havia motivo para isso, mas até a mãe dela apareceu lá na escola. Imaturidade, talvez. Quem sabe insegurança. Mas eu me chateei e por isso comecei a observá-la melhor.


Ela era esforçada, imatura, reclamona e não confiava de modo algum em mim. Deus sabe por quê, mas tudo que eu dizia depois ela se certificava com o outro professor. Isso também me dava uma raiva enorme e me fez, algumas vezes, ser muito indelicada com ela. Ela mereceu.


O tempo passou, as confussões também e a impressão mudou.


Comecei a vê-la com uma menina lesada (mais uma vez) que não queria fazer o mal e não sabia porque não confiava, apenas não confiava e pronto. Aprendi a conviver com isso e não sei bem como nos tornamos amigas. Nos 45 minutos do segundo tempo eu a percebi melhor, conheci-a melhor. Ela passou por uma verdadeira transformação diante de meu olhos.


Ela é uma menina-mulher, meiga, muito inteligente, sutil, discreta e que não tem nada de boba. A única coisa que há de boba nela é um resquício da idade. Mesmo assim ela está a frente.


Hoje ela é para mim uma interrogação, uma pessoa que ainda vou descobrir ao longo dos anos que pretendo tê-la como minha amiga pessoal, mas uma coisa eu sei. Ela é uma pessoa maravilhosa, de um coração bom e isso basta para fazê-la morar em meu coração.


Um enorme beijo pra ti.