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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Parece senso comum esse negócio de amor impossível. Agora mesmo nos cinemas, está passando Crepúsculo, que é um filme de amor impossível. No caso um vampiro do bem e uma mortal se apaixonam e ele precisa lutar para não mordê-la e ainda defendê-la dos vampiros do mal. A história é linda. Eles quase não podem se beijar, uma vez que o cheiro dela desperta nele desejo de sugar seu sangue, mesmo assim eles se amam e ficam juntos.
Cena do filme Crepúsculo
Outra história, já antiga, mas que estou assistindo agora é Charmed, um seriado americano de 1999 em que aparece Piper, uma bruxa boa que se apaixona por Leo, um anjo luz branca e esse amor é impossível porque eles nunca podem estar juntos, estão sempre protegendo os outros e todas as vezes que ela precisa dele, ele é mandado embora por seus superiores. Enfim... Histórias e mais histórias de amores impossíveis,que despertam na gente o desejo de ser amada e amar alguém mesmo com complicações e impossibilidades.
Cena de Charmed - Piper e Leo
Será que na vida real também é assim? A gente até ama, mas os amores são sempre barrados por quaisquer problemas do dia-a-dia ou mesmo por questões sociais, desnível cultural, idade, mentalidade, compromissos e outra série de impecilhos que aparecem?
Acreditar ou não no amor não é a questão. Podemos até acreditar, mas infelizmente a realidade nos arranca os sonhos e o lado mágico do amor. Carlos Drummond de Andrade diz em um de seus poemas que saberemos quando o amor for verdadeiro pelo toque, pelo primeiro beijo e outros sinais. Compara tudo isso a magia, sinos que tocam, arrepios pelo corpo. Não creio que seja o bastante, pelo menos não nos dias atuais. A coisa está muito banalizada e misturada e precisamos até separar amor e tesão. Já pensou um negócio desses?
Nem adianta também falar de antes. O problema não está no tempo, está nas pessoas que não conseguem confiar, não conseguem separar realidades passadas e presentes e mesmo quando conseguem se sentem atormentadas pelo ciúme e a insegurança, quem sabe não seria correto falar em medo mesmo.
Exemplo claro disso é quando alguém nos julga por nossas atitudes de solteiros. Claro que se não temos ninguém, poderemos brincar a vontade, dizer coisas sem nos preocuparmos com um alguém em especial. No entanto se temos algum compromisso ou a partir do momento que percebemos que a coisa é séria, a coisa muda. Mas as pessoas de um modo geral - homens e mulheres - não conseguem separar isso. Sempre vão achar que se agimos de determinada forma quando solteiros agiremos igual quando "casados" (entende-se casados como qualquer relacionamento sério)
O que mais se vê são pessoas que buscam um tipo de relacionamento, mas suas cabeças estão tão cheias de desconfiança ou idealizações que elas não conseguem enxergar quem está a seu lado. Espero que isso se resolva ao longo das gerações, se não na minha, pois nas próximas. Um dia a humanidade terá de aprender a respeita e a separar as coisas. Eu acredito nisso.
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