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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Talvez a coisa mais difícil de se ter, seja paciência. Quando queremos uma coisa é porque sentimos necessidade dela. Não é simplesmente por querermos, então, esperar - e principalmente - sem garantia nenhuma de que essa coisa acontecerá é enlouquecedor.

O melhor a fazer é driblar a vontade, enganá-la, iludi-la. Não pensar em como será quando o objeto de desejo estiver em suas mãos, até porque antes de tê-lo é tão perfeito que não lhe ajuda em nada sonhar.

Paciência... é só o que se pode fazer no momento.
Eu não tinha essa mente assim desconfiada,
Eu não tinha medo de nada,
Eu não imaginava coisas ruins.
Meu mundo era colorido.
E eu sorria sempre.

Agora sou aquela que pensa negativo,
Aquela que se assusta e se esconde.
Eu imagino sempre o pior.
E ele acontece como previsto.
Meu mundo é cinza e eu choro.

Quem roubou meu futuro?
Quem destruiu meu passado?
Eu sei!

Infelizmente eu sei seu nome.
Infelizmente eu vi tudo que fizeste.
Eu, simplesmente, sei...
É necessário superar, esquecer.
É necessário seguir a viagem da vida.
Se você está parado(a) ao pé da colina,
Suba-a!
Lá em cima se apresentarão outros horizontes.
É você que está escondido(a).
Não é o mundo que não apresenta caminhos.
Suba a colina!
Suba-a devagar ou depressa.
Suba-a somente!
Lá em cima existem opções.
Meu coração acelerou.
Minha respiração parou.
Meu sorriso, murchou.
Te vi.
Te vi como nunca desejei.
Te vi do jeito que temia.
Minha noite virou dia.
Um dia nublado,
Escuro,
Sem graça...
Te vi.
Te vi e preferia não ter visto.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
É sempre muito pesarosa a Morte. Pode ser que seja nossa amiga, não sabemos, mas a temos, normalmente, como inimiga. Morte é fim e mesmo que fim possa ser recomeço, na hora do fim, o fim é dor. Então Morte é dor e a sentimos aqui e ali por motivos variados.´
Há quem diga que Morte é só quando um corpo se vai, isso é Vida. Nossa ignorância e saudade não nos permite uma alegria no momento, mas sabemos bem no fundo que é Vida, acreditamos que algo melhor veio para aquele corpo - muitas vezes cansado - e nos conformamos e vivemos, com o passar tempo, alegremente só com a saudade gurdada no peito.
Mas quando morre um sonho aí sim a dor é real. Não existe vida, não há lugar melhor. Há apenas o vazio e a frustração.
Um sonho está morrendo...
Morri um pouco com isso.
E no meio disso tudo, quem estará certo?
E no meio do caos e do nada quem viverá
Se o dia de amanhã é incerto
E o momento é único.

E no meio disso tudo, quem estará certo?
Calar ou gritar?
Correr ou parar?
Andar devagar!?
É isso?

Hein?
Não entendo...
Não te escuto direito...

E no meio disso tudo... o caos...
Luzes, risos e caminhos a seguir
E eu aqui parada.
Amores, canções e dissabores
E eu aqui parada.
A vida passa... e depressa
Passam dias, noites, horas, pessoas...
E eu aqui parada.
Sacode!
Acorda!
Faz!
E eu aqui parada.
Gritos ecoam em meus ouvidos
Mas continuo parada sem saber para onde olhar.
domingo, 21 de agosto de 2011
Quando estamos doentes, com gripe, dor, febre ou seja lá o que for, nos sentimos mal, fracos, sem vontade para nada. E aí tomamos uma decisão.

Podemos tomar remédios, descansar e esperar que esses façam sua parte. Podemos apenas esperar que passe ou ainda podemos nos deixar abater de uma vez por todas.

Quando você adoece com frequência, você pensa muito seriamente em desistir, em deixar que essa doença fique com você, já que ela não quer ir embora. Isso não faz com que você se sinta melhor, pelo contrário, a dor permanece lá, a fraqueza permanece lá e você simplesmente desiste, pensa que não tem forças e que mesmo que tome os remédios de nada adiantará.

Não dá para desistir, precisamos continuar a tomar os remédios.

Precisamos deixá-los agir. Eles agirão, só precisam de um tempo.

Por favor, tomemos os remédios e esperemos.
domingo, 14 de agosto de 2011
Às vezes converso com Deus e lhe pergunto por que não entendemos tanta coisa.
Às vezes converso comigo e me pergunto por que passo por tudo isso?
Mas Deus não responde.
E eu me calo.

sábado, 30 de julho de 2011
Nossa vida muda a cada ciclo. Cada idade traz consigo problemas que lhes são próprios e que inevitavelmente são muito sérios naquele momento, então damos um jeito de resolvê-los, de maquiá-los, de esquecê-los. Passamos a vida toda maquiando fatos e sentimentos. Onde isso nos levará?

Passamos a vida toda tentando não sofrer, não ouvir as mesmas coisas, não deixar que os "erros" se repitam. E se por acaso Deus ou o destino quiserem, nós ouviremos inúmeras vezes exatamente as mesmas frases que nos atormentos, que doem e que nos ridicularizam diante da vida.

Ouvimos em filmes e/ou lemos em livros, frases que nos levam a refletir sobre nossa vida e nossas atitudes pessoais e profissionais, mas na verdade não sabemos nada. Continuamos sem conteúdo necessário para aquilo que vivemos.

Hoje o que é urgente e relevante não será urgente e relevante daqui há dois ou três meses. Nossa vida muda. Nós mudamos. Mas em alguns pontos continuamos do mesmo jeito.

Medos, dores, amores, traições, amizades, finais trágicos ou felizes... tudo isso nos persegue até o fim de nossos dias e não temos como ter controle sobre nada. Coisas acontecem o tempo todo. Pessoas erram. Romances começam e terminam a cada segundo e quem se protege disso tudo? Ninguém... Absolutamente ninguém.

Não sabemos viver. Não somos os "bichões" porque temos alguns anos a mais. Não sabemos como terminará cada história de "amor" que começa. Não sabemos como terminará cada procedimento profissional ou de saúde. Não sabemos nem a hora seguinte. Estamos entregues ao nada, ao destino, a Deus... sei lá.

Não temos como ter certeza de coisa alguma e muito menos temos controle sobre o que nos acontece. Estamos entregues a sorte.

Dizem que as escolhas que fazemos nos levam para onde estamos. MENTIRA!!! Toda escolha é feita no escuro e você nunca sabe como seria se fosse da outra forma. Então na verdade quem nos leva para onde estamos é o tal destino.

Dizem que tudo que acontece é para nosso bem, foi o melhor que tinha para acontecer. MENTIRA!!! Nós é que devemos procurar nos conformar com o que acontece já que não tem jeito mesmo e nos sentimos bem mais confortáveis se pensarmos que algo melhor virá.

NINGUÉM SABE DE NADA!!! Vivemos ao "deus dará".

E o dia de amanhã???

Nada. Uma página em branco que quem escreverá não é você, é o tal destino. Você é mero boneco nas mãos dele.

Mas é assim que é a vida e é assim que vamos fazer pelo resto de nossos dias. Não teremos nunca controle de nada. Não saberemos nunca se seremos ou não felizes, se teremos ou não nossos sonhos realizados. E ainda há quem diga que é exatamente isso que dá alegria de viver.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Imagine que você tem um filho. É, um filho serve bem para meu exemplo, porque é algo que queremos proteger e desejamos tanto que daríamos qualquer coisa para salvá-lo. A ideia é que você queira muito uma coisa e queira salvá-la acima de tudo. Queira que seus sonhos se tornem realidade e para isso dependa dessa coisa.

Voltemos para o filho então. Ele está lá brincando na sala, você está no sofá, olhando e sorrindo para ele. Ele levanta de repente e caminha para a tomada mais próxima. Coincidentemente a altura dele combina com seus dedos na tomada. Você sabe o que vai acontecer, pensa sobre isso, olha o fato - câmera lenta, por favor - o garoto se aproxima passo a passo da tomada, depois de alguns instantes você levanta-se do sofá, mas sabe que pode ser tarde demais. Parece que seus pés estão grudados no chão, você se esforça para alcançá-lo e trazê-lo de volta para seus braços em segurança, mas ele está bem mais próximo da tomada que você dele.

Para.

E agora como você se sente?

A coisa mais importante da sua vida aquela altura está perto de ir-se e você não tem o que fazer. Claro que numa situação real, isso é tão rápido que você corre e agarra a criança e a beija muito feliz por não ter acontecido o pior, ou então você grita, a criança se assusta e para, tempo suficiente para você chegar nela e salavá-la.

Mas por um instante imagine seus pés grudados no chão, você vendo tudo acontecer, sabendo que é perigoso, esforçando-se para alcançá-la e nada de alcançar, pelo contrário parece mais distante ainda. E aí como você se sente???

O que você faria???

Situações assim estão sempre presentes e eu me pergunto se o certo não é deixar que aconteça o "pior", sentir logo a dor e esperar passar (tudo passa, acredite!) ou ligar o slow motion para se torturar um pouco.

O problema da tortura é que você tem esperança de alcançar a criança antes dela morrer, teme que se você desistir e deixá-la morrer, a culpa lhe consumirá para o resto da vida. Simplesmente não saberá como tinha sido ter aquela criança em sua vida. Ela era seu sonho e você, por decisão própria, deixou-a ir.

E aí o que fazer???
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Não precisamos ser fortes todo tempo, podemos uma vez na vida baixar a guarda. Mão não é possível, é um absurdo, que sejamos fracas todo tempo e só de vez em quando parecemos fortes.

É um absurdo total.

Não crescer, então, é ridículo.

Sonhar, depois dos 30, é patético e se decepcionar com o que já se sabe previamente é imaturidade.

Agora o importante mesmo de tudo é como superar. Como não ser quem você é, quando você é uma pessoa ridícula, patética e imatura.

segunda-feira, 18 de julho de 2011
A melhor coisa do mundo é a ignorância. Quem não pensa, não sofre. Quanto mais você entende das coisas, mas você se decepciona, se aborrece. Se eu podesse escolher, escolheria a ignorância.

Nessa onda de pensar, descobre-se coisas que podem abalar estruturas, que podem machucar verdadeira até mesmo a si propria.

Se der, viva a ignorância. Você será bem mais feliz!
domingo, 17 de julho de 2011
É uma sensação engraçada a dor. Semana passada ouvir um homem dizer na tv em um programa de reportagens que quem reclama da vida está bem. Quem está mal, mal mesmo, trinca os dentes e segue em frente.


Quero começar a reclamar mais da vida. Esse lance de trincar os dentes e seguir está dando muitos ferimentos em minha alma.
Nós humanos temos receio e até medo de umas coisas que teoricamente não tem sentido nenhum.

Temos medo de sofrer e sofremos por esse medo. Temos medo de morrer e morreremos com ou sem medo, e outra milhares de coisas assim.

Fazemos questão de nos enganarmos a cada instante e para quê?

Por medo de ser pior a verdade. Colocamos as mãos sobre nossos olhos e não percebemos que estamos fazendo isso. Preferimos lembrar de coisas que nos façam abrir um sorriso em vez de lembrarmos das verdades mostradas a nós a todo instante.

Queremos e escolhemos nos contentar com migalhas. Mas está errado. Somos HUMANOS, não fomos criados para nada, temos uma missão que eu acredito que seja ser feliz e ajudarmos uns aos outros. Mas não, o melhor mesmo é fingir...

Fingimos que não dói quando estamos dilacerados. Afastamos os pensamentos que nos levam a uma reflexão por medo de não termos coragem de tomarmos a decisão certa. Fingimos que não temos fome para emagrecer. E assim vamos nos enganando cada vez mais.

Como dizia Gabriel, O Pensador "até quando vai ficar levando porrada.? Até quando vai ser saco de pancada?" Eu respondo que até se amar mais. Até se valorizar mais e ver que em pleno século XXI existem muitas formas de sermos verdadeiramente felizes. Até vermos que não é por termos tudo que devemos ser felizes, mas por termos o suficiente.

Eu tenho o suficiente, mas eu quero mais. Eu tenho como ser feliz e até sei o caminho, mas meus desejos de completude me levam para caminhos opostos aos que sei estar minha felicidade.

Não existe felicidade completa. Toda Felicidade é parcial, nós é que escolhemos nos enganar. Sempre haverá motivos para não sermos aceitos como somos ou para não termos o que nos falta.

Acordem!!!

Acordemos!!!

Não há felicidade, nem amor, nem amigos perfeitos. Não há família perfeita. Você nasce para ser só. Você nasce para se adaptar da melhor forma possível... nasce para morrer.

Mas preferimos nos enganar e pedir a Deus pra que as coisas se resolvam, para que tudo fique bem.

Por que não pedimos para nos tirar as carências e os desejos?

Por que não pedimos para nos dar meios de ajudar a quem tem fome?

Não. Somos egoístas e insaciáveis. Queremos tudo. Queremos viver mais, queremos ter um amor, dinheiro, uma formação e um trabalho que dê status. E daí pedimos e pedimos.

Tah errado.

É mais um dos daqueles mil enganos que resolvemos ter.

"Ahhh, não se preocupe, vai dar tudo certo?"

Quem disse?

Não vai dar nada certo. É engano seu.

Você é que deve parar de querer, deve sair de situações que despertem em você sonhos ingênuos e insólitos. Você quer tanto fugir da dor e corre para ela todos os dias.

Viva para o bem maior. Não queira nada, agradeça ao que vier e faça de sua estadia aqui mais fácil.

Deixe de se enganar.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Estamos sempre recomeçando algo, eu sei, porém, esse recomeço nos exige ânimo, força, objetivo e claro, nos dá medo. O medo consiste exatamente no fim de tudo.

Sim, no fim. Temos medo de mais uma vez, depois de construirmos algo com luta, amor, entrega e um pouco de sacrifício, vermos tudo desmoronar em nossas cabeças.

A cada desmoronamento, cortes e machucados surgem e quando se tem um coração chagado, tem-se medo do que ele ainda pode suportar. Não se sabe ao certo o que virá... medo... só se tem certeza do medo.

O pior é sabermos que esse medo nos paralisa e colabora para uma possível derrota. É preciso ser leve, destemido e ousado para vencer...

É como numa guerra, precisa-se de frieza, de tática e estratégias para dominar território. Precisa-se saber avançar e recuar no momento certo. Eu não tenho nada disso. Sou flor em meio a fogo cruzado. Sou emotiva, intensa, transparente e na maioria das vezes ajo muito naturalmente, sem contar meu desengonçamento em questão de romances, nunca sei ao certo o que fazer.

Será realmente necessário lutar contra si mesmo para tentar - sem qualquer garantia de sucesso - ter o amor de alguém?

Como eu queria ter de volta a inocência dos meus 18 anos quando eu acreditava que o amor existia e que eu era perfeita para qualquer pessoa e que exatamente por isso, o outro é que deveria lutar por mim.

Como era fácil essa época, como era bom achar que se tinha muito tempo a perder e que errar era apenas mais um processo para o aprendizado, era apenas a construção de um eu.
Ouvi dizer que FELICIDADE é palavra pesada e também que pobre será aquele que espera por ela em sua forma plena, uma vez que essa não existe. Dizem ainda que a vida nos dá momentos de FELICIDADE e que eles são únicos como digitais.

"Aproveite-os!"

Dizem aqueles que se acostumaram com essa ideia e resignaram-se a vivê-la.

Tenho lá minhas dúvidas. Não digo para não aproveitarmos os tais momentos ímpares, e nem de longe quer ser pessimista - seria muito romantismo - mas o que digo é que exigimos muito, queremos sempre receber a palavra certa, o ato certo, e pior associamos que se as coisas estão onde queremos temos a FELICIDADE, caso contrário, tudo está perdido.

Não seria merecimento demais?

Há muito se escuta dizer que as coisas são como elas são. Mas não é bem assim. Não devemos querer tudo, nem nos contentarmos com tão pouco. O equilíbrio. O segredo está no equilíbrio das coisas. Temos que ter coragem para não nos contentarmos com coisas aparentes. Precisamos de perspicácia para enxergarmos à distância aquilo que nos tira a tal FELICIDADE que buscamos. isso parece impossível, às vezes.

Podemos ter dúvidas do que é FELICIDADE plena, mas sabemos muito bem o que é tristeza, o que é dor, o que é nos sentirmos sem forças.

Não busquemos a perfeição. Essa sim, estou certa, não existe. Sempre... sem-pre... há um espinho na rosa bela e cheirosa que tocamos tão encantadoramente. Não esperemos demais dos outros ou de nós mesmos. Podemos até querer determinada coisa, mas não está, acredite, em nossas mãos.

Não está em nossas mãos...
Que saudade de você...
Saudade de mim
Quando éramos nós.

Rodopios dados pelas lembranças,
Ótimas lembranças...
Guadarei comigo sempre os dias vividos,
Efêmeros momentos de cumplicidade oculta,
Raios de esperança que se abriram
Invadindo-me de uma alegria ímpar
Ocasionada por ti... tão capaz de me entender.

Por que se fostes?
Por que não fui a lugar nenhum?
Por que não segui?
sábado, 30 de abril de 2011
Algumas vezes na vida temos chances de sermos novas pessoas. Nos afastarmos de antigos hábitos e até mesmos pessoas que moram em nosso coração, mas será que conseguimos mesmo?

Dizem que o que está intrínseco, está intríseco e nada destruirá.

Parece ser bem verdade. O difícil mesmo é sabermos quando alguém está sendo ele mesmo ou criando um alguém que gostaria de ser.

Se eu pudesse, eu mudaria algumas coisas em mim, alguns comportamentos e sensações que me parecem ser intrínsecas a mim, mudaria também algumas pessoas com quem tenho que conviver e até mesmo pessoas que eu gosto eu tiraria da minha convivência. Elas não são ruins, mas eu, definitivamente, não queria conviver com elas. Isso é ser mesquinho e pequeno?

O fato é que isso só existe nos contos de fadas quando de repente de um beijo você volta da morte e será outra pessoa, dessa vez feliz para sempre. O fato é que temos que, gostando ou não, seguirmos em frente, dizermos bom dia, quem sabe até "amarmos" e entedermos determinadas pessoas que não valem a pena, mas é assim que o mundo gira e ele não parará por nossa causa.

Quanto a saber se uma pessoa está ou não dizendo completamente a verdade, essa é outra história bem mais complicada e dif´cicil porque não depende de você e você não comanda e não vê os outros.

O jeito é oferecer a cara a tapa todo dia e esperar que na maioria deles esse tapa não venha. e manter a paciência com os outros assim como eles mantêm com você.

sexta-feira, 29 de abril de 2011
Eu poderia passar a noite inteira dando exemplos de teimosia, mas só uma me chama a atenção. Uma que, Deus sabe por que, é cometida por metade, se não mais, da população, e nem me venham com aquela história de gato escaldado tem medo de água fria, porque nesse caso gato escaldado acredita que a água estará fria.

Passamos um longo processo de auto-conhecimento. Às vezes nunca nos conhecemos, mas se nos conhecemos por que insistimos em coisas que sabemos o final?

Já lhe aconteceu de ver determinada situação e saber exatamente como ela vai terminar? Você enxerga antecipadamente, como um verdadeiro Nostradamus, mas algo que, a mim, parece teimosia te leva a fazer o que você sabe que não dará certo.

Deixe de ser teimosa(o)!

Você acha que é gato e tem sete vidas? Se acredita nisso, não as estrague com o óbvio.

Siga o caminho certo.

Nada de caminhar na estrada larga que termina em um imenso abismo. Quantas vezes você acha que conseguirá voltar da queda?

Ah, outra coisa, antes que eu esqueça, aprenda a se valorizar. Eu sei que parece uma velha história, coisa de quem não tem o que dizer, mas é plena verdade. Quando não acreditamos em nós, achamos que só teremos aquilo e queremos agarrar com unhas e dentes. E o resultado? Você todo quebrado lá no fundo do abismo tentando juntar seus pedaços e subir tudo de novo.

Chega disso. Enxergue-se.

domingo, 24 de abril de 2011

Esse dias meu melhor amigo, meu amigo do coração ficou noivo. Poxa eu fiquei tão feliz. Acredito muito que ele seja muito feliz. Olha a responsabilidade viu Patrícia.

Desejo a vocês toda a felicidade e sorte e amor que possa existir entre duas pessoas.
sábado, 23 de abril de 2011
Parece que determinadas épocas do ano servem justamente para amolecermos, para lembrarmos algumas dores que estão adormecidas. Pode ser que não sejam exatamente dores, pode ser que sejam apenas mágoas, quem sabe rastros mal apagados que nosso coração guarda escondido e Deus manda a lembrança de sua morte e de seu sofrimento para que vejamos que não sofremos nada.

Talvez seja necessário saber que exageramos, que reclamamos demais. Algumas coisas realmente não têm explicação e pronto.

Por que Jesus não fez logo o milagre quando Pilatos pediu e não ficou livre de suas dores e de toda a humilhação?

Por que não somos capazes de seguirmos adiante sem olhar para trás, sem compararmos pessoas, sem desejarmos o que não podemos ter?

Mesmo lembrando da história toda de Jesus, ainda assim não entendo algumas partes. Não consigo captar o real sentido das coisas. O que consigo ver é que precisamos sofrer e muito, mas para chegarmos onde? No céu?

Queria entender. Ser capaz de reclamar menos, de perguntar menos... aceitar mais e ser verdadeiramente feliz com o que tenho.

Sou feliz, mas duvido dessa felicidade.

Tenho certeza que dará certo, mas duvido às vezes.

Então será que sou mesmo feliz?

Será que tenho realmente fé?

E o que acontece com aqueles que não têm fé?

É... parece que algumas datas amolecem a gente, mas é necessário sermos duras, fortes, não mostrarmos fraqueza diante do mundo, pois ele consome a gente.

Um dia chegará o fim e eu verei como é e como era para ter sido. Espero que eu esteja acertando.

domingo, 13 de março de 2011
Ontem sonhei com um monstro. Ele era bem conhecido meu. Convivi com ele anos e ontem ele veio me assustar. Veio com a face complacente de anjo, disfarçado como sempre. Só meus olhos o enxergam como ele verdadeiramente é: mal, impiedoso, cruel. Finge ser anjo, age arquitetadamente para a conquista de maldades. Como pode ele aplicar golpes e destruir almas se não tiver fingindo o tempo todo.
Quem o vê e o ouve, acredita nele. Ele tem o poder das palavras, engana bem. Geralmente quando se tem necessidade de fingir, sofre-se. Fingir não é bom. Pois, acredite, fingir é a vida dele. É um demônio disfarçado. Você pode jurar que ele é um homem bom. Inicialmente você até acredita que a maldade feita foi sem querer, mas com o tempo sabe-se que a maldade estava planejada desde o primeiro "bom dia" dado.
Ajuda a quem quer para depois tirar de volta em dobro o que foi dado. Se fala alguma coisa, há uma segunda intenção. Ele quer sempre descobrir algo, ganhar sua confiança para algo. Nunca é por nada. Ele é um monstro e veio me assustar ontem à noite nos meus pesadelos.
Quando o vi meu espírito estremeceu. Acredito que meu olhos se arregalaram e um certo medo tomou conta de mim. Não o quero nem nos meus pesadelos. O mal a mim feito ainda retini em por toda parte de minha alma.
Ele apenas sorria para mim, igual àqueles momentos em que eu era massacrada por dentro e ele sorria e me abraçava diante de uma platéia iludida com aparências. Não chegou a tocar em mim, mas entrou em minha casa e minha mãe veio em meu socorro. Graças a deus acordei antes que fossem proferidos maus augúrios.
Não lhe desejo o mal, pois não é necessário. Uma pessoa assim sofre sem precisar de quem ele fez mal. E o mais difícil agora é dizer "Deus o abençoe". Mas prefiro entregá-lo nem mãos superioras, nas do meu deus ou nas do dele, para que a justiça seja feita nos céus e na Terra.
terça-feira, 8 de março de 2011
Por que conhecer alguém perto do perfeito?
Para quê? Qual o objetivo?
Dizem que tudo tem um motivo. Qual o motivo de tudo isso? Preciso de respostas. Talvez daqui há alguns dias, talves daqui há alguns meses isso não passe de uma história. Uma daquelas histórias que poderiam ter sido, mas não foi, simplesmente porque a vida não permitiu.
Mas hoje não. Hoje eu queria respostas. Queria certezas, queria tranquilidade.
Não há nada disso.
Não devo e não posso sonhar, estou mais uma vez impedida de ser quem eu verdadeiramente queria ser. Parece que sou a última sonhadora, a última pessoa que acredita no amor e na felicidade. As pessoas se conformaram em saber que o mundo mudou, que coisas vão e vêm. Eu não. Eu quero sonhar. Essa sou eu.
As pessoas aceitam e acreditam num tempo que não existe.
Eu não...
Como esquecer alguém que não lembra de você?
Como esquecer alguém que te mostrou que a felicidade pode existir?
Não sabe?
Não pode me ajudar?
Como esquecer alguém que se inscreveu em você?
Como esquecer alguém que estará distante dos olhos e perto do coração?
Não sabe?
Não sei.
Mas esquecerei.
Esquecerei para não doer tanto.
Esquecerei porque não me é permitido lembrar.
Não devo fazer aquilo que não me é permitido.
É mal.
Esquecerei porque não se quer que eu lembre.
E não devo fazer o que não se quer.
Está longe de minhas possibilidades de tê-lo
Por isso devo esquecê-lo.
Não sei como, mas me esforçarei para isso.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Tristezas e alegrias fazem parte de nossas vidas. Se pudéssemos escolher, certamente escolheríamos ser sempre felizes, mas parece-me que faz parte de um todo os momentos de tristezas. Eles não são em vão - acredito - talvez não saibamos para que exatamente eles servem, mas deve servir para alguma coisa. Às vezes aprendemos, mas na maioria das vezes, não. A dor nos consome. Pior se as dores forem constantes, aí é que deixamos de aprender mesmo e começamos a reclamar ou a analisar o motivo de sempre acontecer a mesma coisa.
Não adianta, não saberemos. Para quem gosta de mistério, que ótimo, mas para quem quer viver com os pés no chão as coisas complicam um pouco.
Só resta ter paciência e controlar-se para reclamar menos.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Por que será que mudamos tanto? Há uns dois anos eu era uma pessoa completamente diferente do que sou hoje. Até aquilo que acredito muda constantemente. Será que só eu sou essa metamorfose ambulante?
Poxa era bom há um tempo atrás quando eu me sentia leve, parecia que a vida não tinha peso sobre mim. Mas as coisas mudam.
As coisas mudam.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
É muito triste quando um jovem sofre algum acidente e fica paraplégico. A dor é intensa, ele acha que o mundo acabou para ele, pois imagine a seguinte situação.
Certa vez aos 25 anos, ainda muito jovem, início da vida, planos por concretizar, uma jovem sofreu um acidente muito grave, muito sério. O primeiro ano depois do acontecimento, sofreu muito, sentia-se vazia, lutava contra aquela triste realidade que ela não programara e a cada dia a dor aumentava o buraco em seu peito era maior e maior. Mas o tempo passava e as dores se escondiam em lugares que não se acredita quando não se vive isso.
A dor dela escondeu-se, aprendeu a andar de cadeira de rodas. Ia para todos os lugares, o vazio parecia escondido, às vezes ela mesma esquecia que havia passado por tal acidente e seguia livremente seu destino, desenhando-o sempre que podia. Magoava-se de vez em quando, pois percebia que não andar era algo muito sério. Andar tornou-se seu sonhos.
Canalizava as forças para esconder a tristeza por não andar.
Trabalhava muito, inventava expedientes extras, inventava tarefas domésticas, levava trabalho para casa muito feliz por não ter tempo. Vez por outra entrava em um projeto novo que lhe dava a impressão de estar evoluindo e diminuía o vazio.
Um dia ganhou muletas. Umas muletas mágicas que a deixavam sempre confortável. Não, ela ainda não estava feliz, mesmo que tivesse evoluído, mesmo que tivesse várias outras coisas que muitos não têm, mas o que ela queria mesmo era andar. Tentava, mas caía. Quis desistir desse sonho, mas era mais forte que ela.
Hoje tenta se desfazer de uma das muletas, sempre recorre a ela quando a dor se intensifica, mas aqui e ali anda só, solta. Tem experimentado aos poucos como é resolver-se por si mesma.
Está aprendendo a andar muito lentamente.
As dores ainda aparecem, as lágrimas fazem parte de seus dias muito constantemente ainda, mas no fundo da alma sente um sorriso começando a aparecer, sente-se seu vazio com um pouco de água. É pouca, mas já há algo lá.
Poxa, como é difícil aprender a andar sozinha. Como é difícil acreditar que se pode andar sozinha. As muletas nos acompanham sempre e nos acostumamos a elas. Elas são confortáveis. nos acomodamos. Mas é necessário andar só.
Um passo de cada vez.
Pé ante pé, meio titubeante, porem andando...
Quando as coisas parecerem sem saída, faça uma janela.
Quando a lágrima teimar em descer, sorria.
Quando chover incessantemente, aproveite o frio para um chocolate quente.
Quando o sol não quiser aquecer seu coração, use uma fogueira.
Quando você receber uma multa, fiquei feliz por não ter sido um acidente.
Quando você acordar com preguiça, estique o corpo e levante.
Quando você cair, aprenda com os erros.

Assim a vida parecerá mais fácil.
Querida amiga,
Queria muito poder te ajudar nos seus problemas, mas não posso. Ninguém pode. Só você mesma. Os problemas estão na sua cabeça. Eles não existem, você os vê. Como posso fazer você acreditar em mim?
Olha, ninguém tem certeza de nada. Vive-se um dia de cada vez e é claro que amanhã ou depois pode se ter uma alegria enorme, uma surpresa agradabilíssima ou exatamento o contrário. Não temos como prevê nada. Por que você iniste em ter controle de tudo. O mundo não é seu. As vidas nele também não.
Será que é tão difícil para você acreditar que cada coisa acontece por um bem maior? Será que é tão complicado perceber, por tudo que você já passou e viu com outras pessoas que o controle das coisas não pertence a nós humanos e sim a Deus?
Posso sim te dizer isso milhares de vezes, mas definitivamente você precisa acreditar.
Você é uma menina tão carinhosa e doce e uma mulher independente, forte (já teve prova disso) Pra que tanto medo? Não tema o mundo. Viva! Viva um dia de cada vez, tenha calma com as coisa, não crie, não fantasie. Pense em outras coisas. Há tanta coisa a se pensar...
Lembra das vezes que você estava leve e em paz? Pois cabe unicamente a você ter aquela sensação sempre e todos os dias. Não permita que coisas ruins habite sua mente.
Amiga linda, fica bem. Saiba que você NÃO tem motivos para sentir-se assim.
Sorria! Você merece um sorriso.
Confie!
Acredite!
Tenha fé!
As pessoas confiam, acreditam em você. por que só você não?
Beijos carinhosos, de quem quer unicamente seu bem.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Hoje decidi não me culpar mais.
Decidi que sou realmente especial.
Que aquele que tiver minha amizade e meu amor, terá o céu.

Hoje decidi não ficar triste diante das adversidades.
Decidi que sou linda por dentro e por fora.
Que amarei apenas a quem me amar.

Hoje decidi não reclamar de minhas obrigações.
Dicidi aproveitá-las, elas me provam que sou capaz.
Que posso tudo e venço sempre - mesmo que eu não veja a vitória.

Hoje decidi que hoje será amanhã e depois e depois.
Decidi que valorizarei mais a mim mesma.
Que sou simplesmente o que há me melhor no mundo: SOU FILHA DE DEUS!
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Nada é mais cativante que o sorriso de uma criança.
Nada é mais revigorante que algumas horas de brincadeira inocente.
Faz-nos esquecer os adultos e suas loucuras.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Por quanto tempo me enganei? Por quanto tempo usei essa "droga"? Sim, você era apenas uma espécie de droga em minha vida. Eu era viciada em você. Precisava de você para me sentir melhor, para ser um alguém altivo, para despertar minha auto-estima. E pior é que eu não conseguia ver que você era apenas uma droga dessas que vicia, ilude e causa dependência.
Chego a duvidar de minha inteligência. Sempre fui tão contrária a drogas de qualquer tipo! Sempre esbravejei contra a mínima possibilidade de estar onde elas estivessem e eu não fui capaz de transpor algo concreto para algo abstrato, não fui capaz de ver que eu estava viciada em uma droga, talvez, muito pior que as drogas propriamente ditas.
Você foi minha droga psicológica por muito tempo.
A simples lembrança de um dia com você me fazia sorrir e apagar qualquer indício de dor que estivesse em meu coração. Que poder, hein?
Mas acredito também que fui tola, como todos os drogados. Acreditei em algo inexistente, impossível até, e mais uma vez minha inteligência me traiu e deixou que mesmo diante de evidências eu não as visse. Eu mesma criava desculpas, você nem precisou se preocupar com elas. Sua parte era apenas olhar-me daquele jeito que você olha(va) e pronto, todo o feitiço já estava instalado. Nem trabalho você tinha. Era só olhar, só isso.
Um olhar apenas para deixar-me torpe, encantada, cega. Depois desse olhar tudo estava perfeito, as dores sumiam, as raivas desapareciam, as pessoas ao redor não significavam nada, acredito que o mundo poderia desabar naquele momento e eu não me importaria, não sentiria nada.
Bastava um olhar apenas para eu sair da Terra e entrar em universo paralelo onde tudo era possível, onde tudo que sonhei se realizaria, até as coisas mais sem fundamentos dariam certo a partir daquele olhar.
Você sabia disso?
A parte mais cruel é que eu acho que você sabia dessa fraqueza e exatamente por saber, alimentava isso em mim. Alimentava a possibilidade da felicidade completa, me explicava coisas que pudessem por algum instante me deixar em dúvida. Tudo perfeito. Tudo para sempre. É, vou ter que acreditar no clichê: "O pra sempre, sempre acaba".
Não sei se me sinto curada ou em abstinência. Sei que estou na realidade, pelo menos. Sei que se houver uma próxima vez, eu evitarei, estarei melhor preparada, o olhar poderoso chegará a mim de outra forma, talvez como falso ou temporariamente perturbador, mas saberei dentro de mim que você é apenas um entorpecente que habita(va) meu coração, minha vida.
Não pedirei para vc sair dela, porque as coisas insignificantes e mentirosas não ficam. Pedindo ou não, elas se vão.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Quando se é criança, as mães mais atenciosas e instruídas leem para seus filhos os famosos contos de fadas: Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida e tantos outros que mostram a mesma situação: uma princesa que passa por problemas muito difíceis e que de repente aparece um príncipe para salvá-la e serem felizes para sempre.
Parece que não leram contos de fadas para mim quando eu era criança.
Os contos de fadas não existem porque são bonitinhos não, eles têm uma função didática, pedagógica e porque não dizer psicológica muito específica: eles geram o senso de segurança no desenvolvimento emocional da criança.
Sabe aquela ideia de príncipe encantado - um homem lindo, íntegro, montado num cavalo branco? Não é a parte mais importante como muitos pensam. A parte do príncipe é para mostrar que quando as coisas estiverem muito, mas muito difíceis, aparecerá do nada uma solução para o problema.
Ou será que leram, e minha inteligência desviou o sentido a achou que o príncipe era verdadeiramente um príncipe, um homem? E que o senso de segurança era casar e ser feliz para sempre?
Não acredito que eu tenha deturpado isso, conceitos tão simples que funcionou com várias crianças, teria funcionado comigo caso tivessem lido.
Mesmo assim eu já deveria ter aprendido por vivência que as coisas sempre se encaixam exatamente onde devem. Que tudo fica bagunçado e confuso, mas do nada surge "um príncipe" e resolve o problema. Não entendo porque eu não acredito verdadeiramente nisso. Por que eu não confio plenamente no nada e deixo a vida me levar?
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Quem gosta de sperar? Acredito que ninguém goste de esperar.
Esperar por alguém que está no banho. Esperar pela condução. Esperar pelo professor que atrasou. Sela pelo que for não se gosta de esperar. No entanto esperar é preciso. Acalmar-se, manter-se tranquila diante dos fatos.
Preciso aorender a esperar.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Muitas coisas se apresentam de diferentes formas para diferentes pessoas, mas o difícil mesmo é desvendarmos o mistério de o que é o viver. Se pararmos para pensar sem usarmos o verde véu da esperança veremos que a vida tão aplaudida e esperada por tantos nada mais é que um dia após o outro e que estamos sempre, ou quase sempre para a maioria, motivados a onseguir algo. Eu imagino a cena. Imagino uma criança presa pela cintura a um elástico tentando alcançar um sorvete de flocos com corbertura de chocolate que está a sua frente, mas um pouco distante. O sorvete brilha refletido em seus olhos. Que delícia!
Ela puxa o máximo que pode, para, recua, volta a puxar, mas o elástico não cede mais e a pobre criança está sem forças, e o delicioso sorvete derrete e esparrama pelas brodas da taça.
Há tempo?
Mas lhe dizem sempre que ela não pode desistir, que a vida nos mostra dificuldades para serem ultrapassadas e para que o objetivo tenha um gosto todo especial.
Ela luta, caem lágrimas dos seus olhos e a desiludida criança já sente dor. Não mais porque querer o sorvete tão desejado, mas pelo fracasso que se sucedeu inúmeras vezes seguidas em busca do mesmo objetivo.
Alguém se aproxima dela, tira-lhe o elástico que envolve-lhe a cintura, acalenta-a e convence-lhe que é hora de parar, que o sorvete nem era tão gostoso assim. Em sua cabeça vem a frase "mas eu queria!". Enxugam-lhe as lágrimas e mostram-lhe outros caminhos para outras coisas. Há neles alimentos nutritivos, que lhes darão força e lhe alimentará muito melhor que o sorvete, mas ela não entende. Não consegue ver o porquê.
As outras crianças podem tomar sorvete sem grandes sacrifícios e às vezes são tantos tipos e de diversas cores e sabores, mas não foi dado a ela, exatemente a ela a possibilidade de concretizar esse desejo tão simples aos olhos de outrem, mas tão inalcansável aos olhos daquela menina que luta incessantemente para parar de querer uma coisa que pode não ter importância, uma coisa que ela já viveu sem, mas que sua alma precisa para se sentir igual, para se sentir completa, para não achar que há anomalias nela.
Ela não entende.
Talvez nunca entenda o porquê disso.
Quem sabe um dia quando colocarem nela aquele elástico na cintura ela corra para o sorvete e o alcance sem mais delongas, sem mais problemas. Ela não acredita nisso, mas dizem a ela a todo instante que não é permitido desistir.
Ela sorri, lágrimas nos olhos, e segue em frente.
Quem pode passear dentro de minha cabeça?
Quem pode dizer o que se passa e como passa?
Eu?
Não eu.
E se não eu, quem?
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Teve uma época da minha vida em que senti uma dor tão grande que me consumia. Era perene, eterna, forte. Achei que nunca fosse acabar, que nada pudesse aplacar aquilo que eu sentia... e eu vivi em função dessa dor e da busca de um remédio que a fizesse mais suportável. Como descrevê-la hoje, depois de anos que ela se foi?
Tudo no meu dia, na minha vida, nas minhas noites, girava em torno dessa dor, desse amor que me corroía. Mas mal sabia eu que aquilo é que era viver. Aquilo sim era estar atuante no mundo. Aquela era eu verdadeiramente. Eu era feliz e não sabia – você deve estar pensando, que frase brega, não é? – verdadeiramente eu era feliz e não sabia. Não tinha tempo para me dedicar a nada, porque estava chorando, estava morrendo por dentro, estava escrevendo cartas de amor, poemas de amor. E o amor vivia comigo. Eu era o amor. Eu respirava amor... Isso era ser feliz – ninguém me disse que era assim. Respirar amor, ser amor, isso era viver. Eu realmente não sabia – esqueceram de me avisar.
Acreditava, na minha inocência, que haveria dias mais “felizes”. Mas pêra aí... O que é “feliz”? ... É estar sorrindo? É sentir-se livre? É fazer o que quisermos sem lembrarmos de nada, sem nos preocuparmos com o que virá? Não. Infelizmente ser feliz não é isso.
Ser feliz é amar alguém ou alguma coisa na vida, mesmo que isso te impulsione a sofrer como louca. Se não te disseram, sofrer como louca é viver. Acredite. Quando se ama, mesmo que as horas se pareçam dias, você está ali, inteira, intensa, você é, você existe. E quando não se ama? E quando se tem apenas mágoa dentro coração? E quando você busca uma lembrança e a primeira que lhe ocorre é que você foi iludida, traída, enganada várias vezes, por várias pessoas?
Você, de repente, começa a se sentir abjeta. As coisas não existem. Natal, Reveillon, Aniversário, Festas... As comemorações não fazem sentido. As horas passam, os dias passam, tudo passa e nada acontece além disso. É como se ontem, hoje e amanhã fosse exatamente o mesmo dia e você já soubesse que não haverá nada. Nada do que se orgulhar, nada para fazer brotar um sorriso, nada para admirar-se. Nada, simplesmente nada.
Aí você descobre que o amor, mesmo não correspondido, é o que se tem de melhor a sentir. Você descobre que a ausência desse sentimento torna as coisas em preto e branco e que o preto e o branco sozinhos não tem a menor graça.
Mas é claro que você não vai se entregar assim. Claro que você vai correr, vai lutar até a exaustão. Não lhe é permitido desistir. Há tantas outras coisas no mundo. E você olha ao seu redor, olha por baixo e por cima,levanta almofadas, colchas, desorganiza toda a casa, a rua, mas tudo é preto e branco. Não há nada de diferente do dia anterior. Tudo está exatamente como estava em preto e brnaco.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Um dia ganhei um presente muito especial de Deus. Conheci uma pessoa, casulamente, era uma amiga de amiga, daquelas pessoas distantes de você, que tanto faz como tanto fez, que você nem presta atenção? Pois era dessas.
Logo nos tornamos amigas. Amigas mesmo. Tínhamos muitos pontos em comum e necessitávamos de companhia mútua. Talvez, sem perceber, fomos nos ligando uma a outra, conversando, contando os prejuízos da vida. E tínhamos tantos prejuízos (rsrs) que não parávamos mais de falar.
Outra coincidência vantajosa em nossas vidas foi o carnaval. Viajamos juntas. Eita carnaval bom! O povo era feio, feio mesmo, mas a paisagem era bonita: praias e mais praias. Foram muitas fotos e uma proximidade que nos promovia a um status de AMIGAS.
Sabe aqueles prejuízos que falei que nos uniu inicialmente? Pois eles se foram. Estávamos sempre juntas e arrajávamos mais amigas e era uma festa. Aliás várias festas. Saímos todo fim de semana, riámos muito de tudo, até uma viagem para outro estados fizemos. Ela me compreendia mesmo quando eu estava insuportável, e estive insuportável por tantas vezes que vi que aquela amizade era VERDADEIRA. Não era "de papel" como outras.
Brigas, mágoas... acredito que eu tenha magoado mais a ela que ela a mim, mas sempre acabava tudo bem.
Sempre que eu precisava ela estava ali... se havia algo, lá vinha ela de onde estivesse para me ouvir, me guiar, dizer como eu procederia e mesmo o tempo nos afastando um pouco eu tinha certeza que ela estava a minha disposição para corrigir meus defeitos e resolver meus problemas. Eu podia passar por qualquer coisa, tinha uma certeza: VOU SUPERAR, tenho minha amiga que vai me ouvir e ficar comigo até a dor passar.
É ridículo e contraditório o que sinto hoje: Uma alegria tão grande por saber que ela está muito feliz, que encontrou um alguém especial, legal, que gosta dela (mais importante) e que com certeza ficarão juntos para sempre igual a conto de fadas.
Quem me garante isso?
Eu sinto.
Mas por outro lado tem um dor, acredito que na mesma proporção da alegria, em saber que agora vou ter que me virar sozinha com meus problemas e dores, sem essa "mãe" que me dizia como fazer e estava segurando a minha mão nesses momentos.
Claro que não deixaremos de ser amigas e claro que é MUITO MAIS importante que ela esteja bem, mas que dói, dói.
Apesar de eu não ter vivido antigamente, ou pelo menos não tão antigamente assim, acredito que as mulheres ficavam em suas janelas ou em seus quartos em muitos momentos do dia lembrando oniricamente da noite anterior, do toque nos cabelos e talvez até da flor arrancada do jardim do vizinho que haviam recebido do namorado. Ops, olha aí outra coisa de antigamente: namorado.
O que aconteceu com as pessoas? Por que ser romântico(a), ser delicado(a), querer as coisas da melhor e mais bonita forma possível, hoje, é visto como ponto negativo?
Deram o nome de objetividade.
Onde estão os últimos românticos e sensíveis que não estão próximo a mim?
Será que sou retrógada?
Sim, estou quase certa que sou retrógrada enão consegui acompanhar os tempos modernos. Otro dia fui chamada de sonhadora, no sentido de lunática mesmo.
Deve ser realmente eu que estou fora do mundo moderno e odioso em que a tecnologia e a velocidade tomam conta das pessoas e fazem-nas falar em objetividade e falta de tempo.
Não existem mais suspiros, comunicação diária, cartas de amor... tudo ficou velho, ultrapassado... O que existem são pessoas que fingem não querer amar, fingem não concordar com o romantismo, mas que quando se pergunta o que lhes falta, a resposta é certeira: "Um amor..."
Se para todos falta um amor, por que não se encontram esses sonhos e amores perdidos?