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quinta-feira, 21 de julho de 2011
Imagine que você tem um filho. É, um filho serve bem para meu exemplo, porque é algo que queremos proteger e desejamos tanto que daríamos qualquer coisa para salvá-lo. A ideia é que você queira muito uma coisa e queira salvá-la acima de tudo. Queira que seus sonhos se tornem realidade e para isso dependa dessa coisa.
Voltemos para o filho então. Ele está lá brincando na sala, você está no sofá, olhando e sorrindo para ele. Ele levanta de repente e caminha para a tomada mais próxima. Coincidentemente a altura dele combina com seus dedos na tomada. Você sabe o que vai acontecer, pensa sobre isso, olha o fato - câmera lenta, por favor - o garoto se aproxima passo a passo da tomada, depois de alguns instantes você levanta-se do sofá, mas sabe que pode ser tarde demais. Parece que seus pés estão grudados no chão, você se esforça para alcançá-lo e trazê-lo de volta para seus braços em segurança, mas ele está bem mais próximo da tomada que você dele.
Para.
E agora como você se sente?
A coisa mais importante da sua vida aquela altura está perto de ir-se e você não tem o que fazer. Claro que numa situação real, isso é tão rápido que você corre e agarra a criança e a beija muito feliz por não ter acontecido o pior, ou então você grita, a criança se assusta e para, tempo suficiente para você chegar nela e salavá-la.
Mas por um instante imagine seus pés grudados no chão, você vendo tudo acontecer, sabendo que é perigoso, esforçando-se para alcançá-la e nada de alcançar, pelo contrário parece mais distante ainda. E aí como você se sente???
O que você faria???
Situações assim estão sempre presentes e eu me pergunto se o certo não é deixar que aconteça o "pior", sentir logo a dor e esperar passar (tudo passa, acredite!) ou ligar o slow motion para se torturar um pouco.
O problema da tortura é que você tem esperança de alcançar a criança antes dela morrer, teme que se você desistir e deixá-la morrer, a culpa lhe consumirá para o resto da vida. Simplesmente não saberá como tinha sido ter aquela criança em sua vida. Ela era seu sonho e você, por decisão própria, deixou-a ir.
E aí o que fazer???
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