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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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domingo, 6 de fevereiro de 2011
É muito triste quando um jovem sofre algum acidente e fica paraplégico. A dor é intensa, ele acha que o mundo acabou para ele, pois imagine a seguinte situação.
Certa vez aos 25 anos, ainda muito jovem, início da vida, planos por concretizar, uma jovem sofreu um acidente muito grave, muito sério. O primeiro ano depois do acontecimento, sofreu muito, sentia-se vazia, lutava contra aquela triste realidade que ela não programara e a cada dia a dor aumentava o buraco em seu peito era maior e maior. Mas o tempo passava e as dores se escondiam em lugares que não se acredita quando não se vive isso.
A dor dela escondeu-se, aprendeu a andar de cadeira de rodas. Ia para todos os lugares, o vazio parecia escondido, às vezes ela mesma esquecia que havia passado por tal acidente e seguia livremente seu destino, desenhando-o sempre que podia. Magoava-se de vez em quando, pois percebia que não andar era algo muito sério. Andar tornou-se seu sonhos.
Canalizava as forças para esconder a tristeza por não andar.
Trabalhava muito, inventava expedientes extras, inventava tarefas domésticas, levava trabalho para casa muito feliz por não ter tempo. Vez por outra entrava em um projeto novo que lhe dava a impressão de estar evoluindo e diminuía o vazio.
Um dia ganhou muletas. Umas muletas mágicas que a deixavam sempre confortável. Não, ela ainda não estava feliz, mesmo que tivesse evoluído, mesmo que tivesse várias outras coisas que muitos não têm, mas o que ela queria mesmo era andar. Tentava, mas caía. Quis desistir desse sonho, mas era mais forte que ela.
Hoje tenta se desfazer de uma das muletas, sempre recorre a ela quando a dor se intensifica, mas aqui e ali anda só, solta. Tem experimentado aos poucos como é resolver-se por si mesma.
Está aprendendo a andar muito lentamente.
As dores ainda aparecem, as lágrimas fazem parte de seus dias muito constantemente ainda, mas no fundo da alma sente um sorriso começando a aparecer, sente-se seu vazio com um pouco de água. É pouca, mas já há algo lá.
Poxa, como é difícil aprender a andar sozinha. Como é difícil acreditar que se pode andar sozinha. As muletas nos acompanham sempre e nos acostumamos a elas. Elas são confortáveis. nos acomodamos. Mas é necessário andar só.
Um passo de cada vez.
Pé ante pé, meio titubeante, porem andando...

2 comentários:

Anônimo disse...

'-Hei Lourena, cá estou eu no vicio do seu blog kkk' é impossivel parar... Fico mt feliz em saber q continua escrevendo textos que vira e mexe nos surpreende com coisas simples porem de muita importancia! #PARABENS'.

Bjos do seu fã, Allyson'Cavalcante ;**

Anônimo disse...

Se garantiu,
"A dor dela escondeu-se, aprendeu a andar de cadeira de rodas."
Bjo
Edgar Gomes