Razão e sentimento
- Louzinha
- Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Há coisas na vida que nunca estão no lugar certo.
Pessoas.
Saberes.
Gostos.
Tudo assim misturado!
Tudo assim tão doido!
Que mesmo separados e organizados parecem fora do lugar.
Três vontades compõem a minha vida: ter um amor, ser uma professora perfeita e conservar minhas amizades. Três desejos aparentemente simples, mas de uma delicadeza e fragilidade incríveis. Essas coisas me jogam para aqui e acolá, brincam comigo e com minha felicidade. Delas eu dependo para sorrir, para chorar, para viver...
Primeiro procuro conservar as amizades. Quão doloroso é isso! Entendê-las, aceitá-las, amá-las. Não deixar meus venenos - e os tenho em quandtidade razoável - turvarem a água límpida do carinho que elas têm por mim. Muitas vezes tenho trabalhado na limpeza dessa água: desculpas e atitudes reversivas são necessárias e a elas bastam. No entanto temo por afastá-las com meus traumas do passado. Lutarei por elas sempre.
A segunda paixão que tenho perseguido é ser uma professora perfeita. A busca pelo conhecimento científico e humano. Gostaria de saber e compreender as dores e os amores adolescentes. Com paixão busquei ser aquela que anima, aquela que entende, mas acima de tudo aquela que conhece. Nem sempre sou feliz nessa área. Espinhos de uma flor cultivada. Algumas vezes dei com os burros n'água. A imaturidade e a inocência me convenceram que eu poderia errar e ser perdoada por ser, antes de tudo, humana. Continuarei buscando a completude profissional, reconhecida já agora por uns poucos significativos.
Mas aquilo pelo qual eu me empenho mesmo é a busca de um amor. Razão, sensibilidade e emoção juntas num mesmo momento. Seria capaz de sacrificar toda minha vida por esse êxtase, essa sensação de tudo, de poder, de preenchimento. Ambiciono-o ainda porque dele emanará a realização de um sonho, a paz de um espírito que pede pela libertação do medo da solidão - essa indesejada das gentes, que massacra, espizinha conosco.- Busco-o finalmente porque vejo na chegada do amor o sorriso nos lábios, o brilho nos olhos. Um brilho tão intenso e verdadeiro como há muito não se vê. Assim quando mais tarde, a morte me procurar, eu possa dizer do amor que tive e o brilho no olhar se apague em fim para transcender a imortalidade do bem, da felicidade e da esperança.
Nada dura para sempre
Tudo tem seu tempo
Há o tempo de chorar
Há o tempo de sofrer
Há o tem de sorrir
de amar...
de ser feliz... de morrer...
O mesmo tempo que acalma
dá a alma
a intranquilidade da espera
que se mostra áspera
aos tolos de bom coração.
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