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Razão e sentimento

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sexta-feira, 8 de maio de 2009
Não adianta querermos nos proteger do mundo e até adiantaria se pudéssemos viver numa redoma, se pudéssemos não sentir falta de algumas sensações, se pudéssemos não desejar aproveitar a vida, se pudéssemos ver além do que se sente. Parece que quando sentimos algo, não vemos. É exatamente como diz Fernando Pessoa quando se sente, não se vê. Uma coisa exclui a outra. E eu sinto demais.
Inutilmente tentei me proteger de papéis ridículos.
Inutilmente tentei evitar que me olhassem com pena ou que fizessem comentário sobre minhas atitudes.
Inutilmente tentei ser uma pessoa legal e centrada.
Tudo inúltil.
Proteger-se não é exatamente tentar ver além. Proteger-se é evitar. Evitar ações. Evitar falas. Evitar risos. Evitar fatos.
Não evitei.
Não me protegi, mesmo na tentativa de tentar me proteger.
Sabe quando queremos ser alguém, e talvez, ser nós mesmos e isso é uma péssima idéia? Pois foi isso que me aconteceu. Às vezes, fazer aquilo que acreditamos estar certo é exatamente o errado.
É isso que me ocorre de vez em quando: penso que o mundo é colorido, mas não é. Até já escrevi isso outras vezes, mas que adianta escrever e não fazer, não é mesmo?
Dizem que se aprende assim.
E se eu não aprender? Acho que não aprendi, porque não é a primeira vez que tenho esse tipo de sentimento. Agora sinto-me na obrigação de me redimir, com outros e principalmente comigo mesma, e com medo de não conseguir. Sinto-me mal, mesmo sem querer. Sei a receita: NÃO PENSAR, mas só em tentar não pensar, já penso.
Isso é viver? Foi isso que escolhi?
Afinal o que é saber viver? O que é saber aproveitar as oportunidades? Como é que se cresce? Por que eu não cresço? Questão de tempo? Até quando?
Até quando irei ver o mundo de uma maneira bela?
Sempre me disse que não queria ser pessimista ou traumatizada, mas talvez esteja na hora de ser. Talvez os traumas e o pessimismo, a desistência existam justamente para momentos assim: em que você percebe que não aprende com os erros.
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