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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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terça-feira, 24 de março de 2009
Os poetas tentam teorizar sobre alegria e tristeza, tentam expressar com palavras os sentimentos que são inexprimíveis e eu, na minha inocência e ousadia, tento entender-me, desenhar com palavras o que sinto e através dessa descrição entender melhor a complexidade do que se esconde em um coração de mulher.
Sigo regras ditadas por outros escritores, por poetas e por pessoas comuns que me cercam. Tudo isso é pouco. O lápis pára no papel e os traços do desenho não saem. Penso, olho para todos os lados, tento visualizar os ângulos mais variados desse retrato translúcido, perpassável, inexistente. Nada.
Quem sabe, mudar? Quem sabe, fotografar a realidade invisível?
Não há para onde mudar. Não há opções. Não importa a marina, o horizonte, as flores... o que eu vejo é o beco escuro e lamacento. E mesmo que minhas mãos toquem o fundo e cheguem ao concreto, a única coisa que elas conseguem trazer são lama é folhas.
Acredito que não poderei dizer mais tarde do amor que tive, posto que não era amor, nem da ilusão feliz que vivi, uma vez que o que sinto agora é tormento. E me pergunto para onde irei, cega e sem rumo, com braços esticados, mãos espalmadas e olhos arregalados procurando não sei o quê, que está não sei onde e com a angústia de não conseguir tocar em nada.
Lágrimas escorrem pela minha face, turvam a minha visão e mesmo assim continuo procurando, agora com uma visão embaçada, falhada pelo desespero e necessidade de me prender a algo. Caio em queda livre.
Onde pararei?

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