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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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domingo, 1 de março de 2009


Quem já jogou sinuca? Apesar de não saber jogar, já observei e já brinquei com quem sabia jogar. Percebi que tem determinadas situações que a gente que não sabe jogar, jura que não tem saída. Você olha, olha e nada de ver uma forma da bola branca bater exatamente nas poucas bolas vermelhas espalhadas detrás das pretas, sem saída mesmo. Você ri. Olha o adversário. Ri de novo. Dá vontade de dizer "desisto!" e jogar o taco sobre a mesa.
Porém quem sabe jogar, dá uma olhada de leve, rir com o canto da boca e traça linhas imaginárias, joga a bola, a bola bate nas laterais da mesa e bum acerta exatamente na bola do time certo, não acreditando a bola cai na caçapa redondinha, ainda titubeia como se fizesse hora com a cara do perdedor e pior daquele que não consegue ver a tal linha imaginária que daria o ponto certeiro.
A vida é assim. Um jogo de sinuca. E cabe a cada um de nós saber que tipo de jogador se é. Saber, antes de entrar no jogo, se você sabe traçar linhas imaginárias. Elas podem falhar, claro. Mas se você é capaz de traçá-las, estará apto a arriscar.
Não sei se sei jogar.
Jogo algumas vezes.
Ganho.
Perco.
Mas nunca fizeram de minha vida uma roleta russa. Nunca joguei sinuca, apenas brinquei com quem sabia jogar. No momento, eu podia ter aprendido, ter pedido explicações a quem estava comigo, mas na inocência e inexperiência do momento, deixei passar. Não sabia que mais a frente estaria diante de uma sinuca com bolas espalhadas, perdendo o jogo, mas ainda com algumas chances. Olho o adversário, não sei se ele sabe jogar, acho que não sabe ou, pelo menos, sabe o mesmo tanto que eu. É preciso ser cauteloso. É preciso pensar, traçar linhas imaginárias. Desistir? Não sei.
Desistir? De quê?
Nem houve nada para desistir.
Mas as bolas estão espalhadas na mesa e os tacos estão nas mãos dos jogadores. É a minha vez de jogar ou entregar os tacos ao outro que está a minha frente esperando minha decisão para gritar vitória.
Sairei de cabeça baixa ou pensarei na próxima jogada?

1 comentários:

Anônimo disse...

Amei esse texto!Gosto muito da sua forma de escrever,profª Lourena!abraço :D