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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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domingo, 2 de novembro de 2008


Engraçado como o assunto "mulher de 30" tem me acompanhado ultimamente, de modo especial nesse fim de semana. Comecei a pensar nisso, em que implicações essa idade traz para nós mulheres.
Para mim, a aceitação dessa idade é um processo que começou aos 27 anos. Foi lá que tive, pela primeira vez, a visão de que uma mulher de 30 tem obrigação de ser diferente das outras, que ela precisa ter um comportamento maduro e encantador. Alguns valores são mudados; alguns comportamentos, banidos.
Os homens não devem esperar de uma mulher de trinta uma ceninha de ciúmes em meio a amigos em comum do casal; deve saber que uma mulher de trinta é delicada como sempre, mas com o requinte que o tempo lhe trouxe.
Uma mulher de 30 faz as pequenas coisas parecerem grandes; as simples parecerem mais gostosas; sabe ter sempre assuntos interessantes para um momento de silêncio, sabe instaurar o silêncio em um momento de muvuca.
Uma mulher de 30 é especial em sua essência e desperta nos outros olhares de magia e mistério.
Uma mulher de 30 pode ter uma criança dentro dela, mas despertá-la somente em momentos propícios. Deve saber os momentos propícios. Ela sabe que alguns atos se tornam ridículos com o tempo, sabe que um charminho é bom, mas tem hora certa para acontecer. Sabe que um sorriso é muito mais que um sorriso.
Maturidade, essa é a palavra da vez. Uma maturidade que não se conquista de um momento para outro e que, muitas vezes, o processo é lento, doloroso, porém inadiável. Inevitavelmente, as mulheres passam por essa fase. É um marco.
Caminhando para os 30 percebo que os ensinamentos de minha mãe não eram bobagens como eu achava.
"Cuidado com suas atitudes. Cuidado com as pessoas com quem você se envolve!"
"Não se paute pelo menor e sim pelo maior!"
"Cuidado com os homens, eles são espertos e percebem as fragilidades!"
Esses conselhos deixam de ser um pé no saco e passam a ser a mais pura verdade.
"Como eu não via assim?"
"Quem tirou a minha venda dos olhos?"`
Vejo que realmente o mundo pode ter muitas cores, mas elas estão encobertas pelo branco e preto. Cabe a mim, tirar o lençol dos fatos e expor as determinadas cores. Só uma mulher de 30 pode ver assim.
Uma mulher de 30 entende a verdade, ver com o coração e escuta com a alma, anda devagar, pisa com cuidado, fala com parcimônia; percebe, na fala dos outros, as intenções; capta nos gestos a alma e se ajusta a tudo isso.
É aos 30 que a vida começa.
Começarei a viver logo...
Mas será que vai ser fácil agir assim? Será que as mulheres têm consciência do mundo em que vivem? Eu saberei não errar mais? Serei tão maravilhosamente assim, uma mulher de 30?

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