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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008




Será que cada pessoa que entra em nossa vida tem algo a nos oferecer? Não se sentia preparada para ter um novo amor e vivia uma fase de diversão com amigas. Saíram as três. Uma delas havia marcado um encontro por um site de relacionamento, esse era o “frison” da noite. Ela mesma aproveitava-se das emoções das outras, não queria problemas para si. Naquele momento um homem era problema.
O tiro às cegas saíra pela culatra e ele “apaixonou-se” pela amiga, justamente aquela que não podia, nem queria viver nada que envolvesse emoções.
O telefone toca. Já era tarde. Meio sonolenta, ela acorda, ainda atordoada, ainda dormindo. Não fazia muito tempo que deitara, mas o cansaço do dia ajudava a tornar o sono fácil. Atendeu com voz perdida e fraca.
“Alô!”
“Olá, desculpe o horário, mas não me contive. Estava aqui tentando dormir e pensei em você. Consigo te ver. Fecho meus olhos e te vejo como naquele dia. Linda, muito bem vestida, muito bem maquiada, sou capaz de sentir seu cheiro.”
“Bem, desculpa, mas eu já estou dormindo. Tive um dia difícil, preciso descansar. Tchau”
“Posso ligar amanhã?”
E assim aconteceu repetidas vezes. Meses passavam e quando ela menos esperava o telefone tocava. Eram mensagens de bom dia, de bom apetite, de boa noite. Uma coisa insistente e até irritante, mas o problema maior era seu coração que não estava preparado. No entanto, como tudo na vida, uma noite o papo se estendeu.
“Posso te convidar para jantar?”
“Não estou preparada para outra história, meu coração ainda não se refez.”
Nesse ponto da história é merecido que se diga que ela estava vivendo um momento ótimo: já não chorava, sentia-se, finalmente, em paz. Isso fora extremamente difícil e demorado. Mas era preciso seguir adiante e em sua cabeça perguntava-se se não era melhor deixar acontecer.
“Mas é apenas um jantar como amigos. Deixa eu ficar perto de você mais uma vez.”
“Ok. Mas olha não te prometo nada. Apenas um jantar”
Jantaram, e riram, e conversaram, e a conversa tornou-se agradável. Outras saídas aconteceram em dias seguintes. Sentia-se namorada. Era namorada novamente. A sensação era boa. Sentia-se bem.
Ela estava ali completamente entregue. Finalmente depois de tanto tempo tentando se recuperar de uma amargura sofrida, aparecia um provável novo amor. Não sabia se deveria entregar-se, mas a vida é assim, feita de fases e era necessário continuar vivendo mesmo magoada, mesmo que seu coração não se sentisse preparado para uma nova decepção.
Ele, por sua vez, parecia contente por ter sua caçada terminada com sucesso. Fazia tudo que ela queria, ligava, estava presente. Deixava que ela escolhesse os passeios, as datas, os horários. Quem não queria um namorado assim, ainda mais depois de uma decepção? Todos, não é?
Pois isso durou pouquíssimo tempo. Sem entender nada, o telefone parou de tocar, as mensagens pararam de chegar e nem atender o aparelho ele podia. Estava ocupado. Era agora um homem ocupado e diferente. O que mudou? Ela não sabia e já começava a se perguntar. Começava a temer que sua alegria durasse pouco.
Durou.
“Você é a pessoa perfeita para mim. É aquela que eu pedi a Deus. Linda, com esse seu jeito, Amanda, de ser que eu adoro, mas agora eu não posso”
E inventou algo que envolvia muitos problemas, falta de tempo. O que mudou?
O frêmito transformou-se em lágrimas.
A paz interior transformou-se em agonia.
A alegria e sensação de bem-estar transformou-se em dor.
A mágoa estava de volta. E ela se perguntava a cada instante o que aquele homem lhe trouxera. O que ele a ensinou. Qual seria o objetivo dele em sua vida? Nem todas as pessoas que passam por nossas vidas nos deixam algo. Nem todas as pessoas são especiais. Algumas são apenas pessoas e nada mais.

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