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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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terça-feira, 7 de outubro de 2008



Como é difícil ter caráter...
Dizer que tem caráter e desenvolver palestras retóricas sobre caráter, qualquer um faz, mas na hora do ‘vamos ver’, no momento de demonstrar isso com ações concretas que, muitas vezes, anulam nossos sonhos e ansiedades a coisa pega.
Não pensem que sou a pessoa de caráter mais ilibado por estar falando assim. Não sou. Já fui mal caráter algumas vezes na vida e é exatamente por isso que sei o quanto é difícil agir de determinada forma para ter caráter, para ser correta. Acontece que somos fracos. Sabemos que é errado, mas resolvemos naquele momento escolher por nós mesmas. Eu explico:
Imagine aí uma mulher que tem como vazio o espaço emocional. É bem sucedida. Trabalha, passeia, viaja, tem amigos, tem família acolhedora e lá está o enorme vazio,um espaço em branco em meio ao vermelho vivo pulsante do coração.
...
E a vida que não é boba nem nada e, que, muitas vezes, é nossa inimiga, traz o príncipe encantado montado no cavalo branco e tudo. Perfeição, completude. De repente todos os seus sonhos são realizados.
Palavras doce, atenção, mimos, viagens juntos, mensagens, ligações no meio da noite só para dizer que está com saudade, jantares, oferecimentos de música, ligações em datas especiais, tudo que uma mulher sonha, tudo quase perfeito. Ops!!! Quase!? Aparece um quase logo agora, bem no momento que você está sonhando! Mas essa é toda a questão. Você abdicaria de tudo isso por caráter???
— Sim, claro. O importante não é viver, mas viver com retidão.
—Não, de jeito nenhum. Demorei tanto para ter tudo isso e as pessoas não fariam o mesmo por mim, então por que exatamente eu tenho que desistir do meu sonho?
A decisão pesa. Você pára um instante e tenta balancear as coisas. Não importa quão difícil seja. Não importa se achamos que a felicidade só bate uma vez em nossa porta. Temos que ser fortes, vencer as dificuldades com hombridade. Decidir. Temos que ver se queremos tudo isso pela metade. Precisamos conseguir discernir a verdade da ilusão, o fato da possibilidade dele. Até porque sabemos exatamente o que é certo. E a prova de que sabemos é que quando acontece algo com os outros, a gente faz questão de dizer como aquele alguém tem que agir, mas quando é conosco, ficamos enfeitando, arranjando desculpa, nos dando mil motivos para não bloquear e excluir o carinha do MSN e do Orkut.
De que adianta nos mortificarmos? De que adianta querermos sozinhas? Ele, mesmo que não pareça, não era nosso, não estava ao nosso lado, não queria o que queríamos. Vimos além do que se sente, Sentimos além do que se vê. E estávamos enganadas. Sim, redondamente enganas.
—Mas por que ele ligava? Por que dizer tantas coisas?
—Eu sei, eu sentia, não estava louca. Eu via em seus olhos.
Se via, estava vendo errado, estava vendo além que se sente. Não era.
O negócio é assumir que aquilo tão maravilhoso que vivemos acabou e foi bom. Assumir que a vida nos ofereceu a chance de viver um amor, de sentir o melhor que há para ser sentido. E agradecer porque podemos contar algo de glorioso. Deixa de se lamentar, de chorar, e ir viver... Viver com retidão, sem magoar ninguém, sem magoar a si mesma.

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