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sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ela era assim, um dia ria, aproveitava a vida como podia, mas de uma hora para outra começava a pensar nos seus sonhos frustrados e aí já se viu. A vida não lhe oferecia muito, mas dava-lhe o bastante para não ser uma pessoa triste. No entanto, vez por outra, momentos nostálgicos e de verdadeira tristeza rondavam seu ser. E a partir de um momento epifânico, questões metafísicas começaram a se desenvolver em seus confusos pensamentos.
Existem coisas que nunca devemos perguntar, muitas vezes não estamos preparadas para ouvir a resposta; outras, não estamos preparadas para o que se desencadeará em nós com essa resposta. E pior, sabemos a resposta, perguntamos para nos machucar. Mas ela achou que nada poderia acontecer, já que ela tinha certeza absoluta que não era apaixonada por ele. Não queria aquele homem que estava ali com ela. Aquele homem era apenas para momentos excepcionais, especiais sim, mas não o queria verdadeiramente para si.
Achando-se pronta, lançou a pergunta:
“Você ama sua noiva?”
“Isso não é coisa que se pergunte uma hora dessas, além do mais eu sei como funciona cabeça de mulher, vocês dizem que não se zangam até conseguir a resposta, mas logo em seguida estão aborrecidas conosco. Não devo responder.”
“Não, pode responder. Somos apenas amigos e eu não me zango”
“Sim, amo.”
E realmente ela não se zangou, não ficou triste, pelo contrário, achou tudo aquilo muito lindo. Viu nos olhos dele uma verdade pura e convenceu-se que existe amor. Convenceu-se ainda que existem diferentes tipos de amor, diferentes quereres. Ficou feliz. Estava ali na sua frente a prova que existia amor de verdade. O que ela não esperava era que aquelas palavras que foram ditas tão carinhosamente despertassem nela o desejo de ser amada como aquela noiva.
Não queria ser amada por aquele homem, mas por outro, também noivo, do outro lado da cidade. Esse, nem lembra que ela existia. Está feliz, com medo de arriscar casar-se, mas convicto de que fará a coisa certa. É aí que reside toda sua tristeza.
Ela nada podia fazer, somente sentia em seus dias o desejo de esquecê-lo. Quanto mais ela pedia para esquecê-lo, mais ela lembrava que poderia ser ela que agora estaria preparando-se para ser feliz pelo resto de sua vida.
Lágrimas desciam de seus olhos. Era incontrolável o que sentia. Era puro. Não havia como contê-las. Elas representavam o suor de uma alma inconformada e ferida por um amor que não se concretizou. Um amor que precisava ser esquecido, mas que não a deixava apesar de todo esforço.
Caminhou até a janela, olhou o céu azul, um azul especial. Lá embaixo, os carros passavam apressados, iam e vinham na avenida da frente. Sentiu ainda um frio na barriga, mas percebeu, entendeu, naquele momento, que nada poderia resolver sua dor. Entendeu que o telefone não tocaria mais, que sua vida precisava de uma guinada, de uma mudança. Entendeu que ela precisava de uma Pasárgada e naquele instante lançou-se do décimo andar para um lugar melhor, um lugar sem dor.
Existem coisas que nunca devemos perguntar, muitas vezes não estamos preparadas para ouvir a resposta; outras, não estamos preparadas para o que se desencadeará em nós com essa resposta. E pior, sabemos a resposta, perguntamos para nos machucar. Mas ela achou que nada poderia acontecer, já que ela tinha certeza absoluta que não era apaixonada por ele. Não queria aquele homem que estava ali com ela. Aquele homem era apenas para momentos excepcionais, especiais sim, mas não o queria verdadeiramente para si.
Achando-se pronta, lançou a pergunta:
“Você ama sua noiva?”
“Isso não é coisa que se pergunte uma hora dessas, além do mais eu sei como funciona cabeça de mulher, vocês dizem que não se zangam até conseguir a resposta, mas logo em seguida estão aborrecidas conosco. Não devo responder.”
“Não, pode responder. Somos apenas amigos e eu não me zango”
“Sim, amo.”
E realmente ela não se zangou, não ficou triste, pelo contrário, achou tudo aquilo muito lindo. Viu nos olhos dele uma verdade pura e convenceu-se que existe amor. Convenceu-se ainda que existem diferentes tipos de amor, diferentes quereres. Ficou feliz. Estava ali na sua frente a prova que existia amor de verdade. O que ela não esperava era que aquelas palavras que foram ditas tão carinhosamente despertassem nela o desejo de ser amada como aquela noiva.
Não queria ser amada por aquele homem, mas por outro, também noivo, do outro lado da cidade. Esse, nem lembra que ela existia. Está feliz, com medo de arriscar casar-se, mas convicto de que fará a coisa certa. É aí que reside toda sua tristeza.
Ela nada podia fazer, somente sentia em seus dias o desejo de esquecê-lo. Quanto mais ela pedia para esquecê-lo, mais ela lembrava que poderia ser ela que agora estaria preparando-se para ser feliz pelo resto de sua vida.
Lágrimas desciam de seus olhos. Era incontrolável o que sentia. Era puro. Não havia como contê-las. Elas representavam o suor de uma alma inconformada e ferida por um amor que não se concretizou. Um amor que precisava ser esquecido, mas que não a deixava apesar de todo esforço.
Caminhou até a janela, olhou o céu azul, um azul especial. Lá embaixo, os carros passavam apressados, iam e vinham na avenida da frente. Sentiu ainda um frio na barriga, mas percebeu, entendeu, naquele momento, que nada poderia resolver sua dor. Entendeu que o telefone não tocaria mais, que sua vida precisava de uma guinada, de uma mudança. Entendeu que ela precisava de uma Pasárgada e naquele instante lançou-se do décimo andar para um lugar melhor, um lugar sem dor.
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