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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008


Dentre os pensamentos que povoam minha mente, um me acorreu hoje: pobres e ricos não se misturam. Minha mãe sempre me disse isso, mas eu me recusava a creditar. Na minha doce inocência, não queria, nem quero, acreditar que há esse tipo de preconceito.
Claro que percebo algumas diferenças: modo de se vestir, lugares já frequentados, hábitos alimentares, talvez, alguns comportamentos; mas sempre achei que o que dominava mesmo, que o que poderia atrapalhar um relacionamento, não fosse essas coisinhas aparentes e sim o intelecto.
Se duas pessoas conseguem manter um diálogo saudável, desenvolto, de nível elevado, achei que nenhum desses parâmetros sociais pudesse atrapalhar. Será que me enganei? Se eu estiver certa sobre meu engano, algumas teses cairão por terra.
Minha mente se nega a aceitar tal fato. Um homem rico pode sim casar-se com uma mulher pobre. Ser pobre não significa que ela não saiba entrar e sair de quaisquer situações, não significa que ela não saiba conversar sobre os mais variados assuntos.
Aí você pode me perguntar: Mas se uma mulher pobre sabe tudo isso, uma rica que foi criada nesse meio também sabe, então o que me faria casar com a pobre?
E eu respondo: “Ora, ora, meu caro, o amor.”
Não posso aceitar que as pessoas pautem suas vidas pelas posses. Dizer que elas contam, que tenham sua parcela de culpa, tudo bem, mas daí a você pensar friamente nesse assunto são outros cem mil réis.
Queria entender a humanidade, queria aceitá-la sem precisar me assustar cada vez que os fatos me provassem que pobres e ricos jamais serão um do outro; que negros e brancos não possam se amar, nem conviver harmoniosamente; que classe sociais diferentes não possam estar num mesmo lugar... enfim. Nego-me a ser uma dessas pessoas. Nego-me a aceitar essa realidade, prefiro olhar a sociedade não como uma regra, mas como um caleidoscópio humanos de transformações e variações.
Certo dia, mais cedo ou mais tarde, verei que o amor, esse sim, será o motivo e o estopim para um casamento; que o amor, pelo simples fato de ser amor, vai unir as pessoas, sem que elas precisem pensar em quanto vão ganhar ao se separarem, em quanto precisarão pagar de pensão um ao outro. Nesse dia eu terei orgulho de fazer parte dessa sociedade, porque nesse dia ela estará começando a ser como eu.

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