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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


Olhava-o ao longe e em sua mente passavam os pensamentos mais sensuais possíveis. Sempre fora assim. Isso a incomodava, nunca tinha acontecido antes. Seus olhos nos dele - olhos de um brilho descomum, com longos cílios que lhes davam um quê de especial, de encantamento. Porém o que lhe chamava mesmo a atenção era o brilho, um brilho doce de inocência e pecado, de ternura e tesão. - fixaram-se nos dela. Um arrepio percorreu todo seu corpo, iam se aproximando, as bocas entre-abertas, desejavam-se.

Ela não podia fazer o que seu corpo pedia, não podia destruir o crédito que demorara tanto para conseguir. A razão gritava seu nome tentando fazê-la voltar a realidade, gritos em vão, gritos ao longe e cada vez mais inúteis. Suas mãos se encontraram. Não devo. A razão sorriu. Aproximaram-se mais. Os olhos continuavam fixos, as mãos dadas acariciavam-se num terno roçar e entrelaçar de dedos. Tantas vezes olhava a foto dele, tantas vezes desejava-o, mas agora era diferente. Ele estava ali com ela, envolvido no momento.

Aquele sorriso largo de garoto levado sumira e dera lugar a uma boca atraente, a língua passando levemente pelos lábios faziam-na desejá-lo mais. Imaginava o encontro das bocas molhadas de saliva e mais um arrepio corria-lhe pela espinha.

Ele piscou os olhos, quabrando o contato intenso e mexeu os lábios para falar algo, talvez desnecessário àquele instante, talvez racional demais para ela. Preferiu não ouvir. Pôs o dedo na boca dele em sinal de silêncio.

"Não diga nada!"

E o silêncio instaurou-se novamente, as mãos suadas, agora seguravam-se com força carnal, deslisavam uma pela outra com sofreguidão, uma delas subia-lhe pelo braço levemente, quase não a tocava e chegava a nuca por baixo dos cabelos, os dedos seguravam com ânsia alguns fios e ela fechava os olhos, sentindo-se entregue.

Abriu os olhos e viu não só seus lábios, mas todo seu corpo colado no dele, as bocas entregues, olhavam-se de vez enquando como se não acreditasse no que estava acontecendo. Nada era dito por medo de destruir as sensações de ambos. Apenas beijavam-se entregues um ao outro.

"Clarissa...Clarissa, o Sr. Pablo a chama."

"Sim...sim!" - respondeu desajeitada e entrou na sala do diretor.


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