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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


Os deuses conspiravam a favor de Renato e Clarissa. Prepararam uma lua cheia linda, brilhante, que iluminava a água e a deixava enigmática, aproximando-a do casal que pensava contrariamente e por vezes nem pensava.
Era melhor mesmo deixar ao natural. Clarissa queria esperar o momento certo para conversar com Renato, era preciso esclarecer as impressões, saber dos sentimentos dele, mesmo que não fossem como ela previa. Uma conversa necessária para ela. Aquele sentimento obscuro a confundia muito e agora ela não parava de pensar na impossibilidade desse amor. "Se fosse amor mesmo, como ela faria?" Não podia simplesmente assumir. E se ele não sentisse nada por ela? "Impossível." Os olhos não mentem. "E se ela estivesse vendo demais?" Não estava. Renato dispensava a ela um olhar derretido, desses de alguém que gosta.
A lua convidava e eles aceitaram o convite, foram beber vinho ao luar. Todos rindo, taças na mão. Sentaram na areia e claro pararam diante do espetáculo natural que estava a sua frente. Era merecido que se fizesse uma parada para guardar em suas mentes uma imagem daquelas. A lua paquerando o mar e o mar num flerte envolvente pelo astro romântico que ornamentava a noite.
Clarissa encostou-se em Renato que aceitava seu corpo e encaixava sua cabeça em seu peito; as mãos acariciavam seu pecoço que ficava a mostra e logo os lábios passearam por sua orelha e nuca. Um arrepio. Um momento. Era assim que estavam. As outras pessoas conversavam alheios ao instante especial vivido pelos amantes.
Foi Rafael que quebrou o clima puxando Clarissa para girá-la. Giravam e riam. Duas crianças brincando ao luar. O vinho comeava a fazer algum efeito. Renato sentiu vontade de levantar também e quem sabe entrar na brincadeira. Apenas Paloma e Bernardo continuaram sentados, concentrados na observação da cena.
Ao soltar-se das mãos de Rafael, Clarissa abriu um sorriso largo e seguiu para Renato com os braços abertos. Ele a recebeu com aconchego e beijo-a à nuca, seus lábios deslizaram suavemente até encontrarem finalmente os dela que esperavam ávidos por um beijo.
Clarissa ainda ouviu a voz de Bernardo, pasmo, perguntando a Paloma se era o que eles estavam pensando, mas o seu corpo estava petrificado e não podia parar um instante por uma fala de espanto.
Renato deixou-se entregue ao desejo de ter os lábios de Clarissa, beijava-a lentamente num roçar de lábios e língua que transmitia todo o amor sentido. Desmistificavam-se num beijo terno, envolvente e esperado. Beijo quente, salgado pela água do mar e apadrinhado pela lua que observava mais um casal de amantes que não resistira ao seu encanto.
Olharam-se. Ela um pouco assustada pelos espectadores; ele, talvez surpreso, talvez satisfeito, pelo que a lua era capaz de fazer. Beijaram-se novamente. Dessa vez mais natural, um beijo de "és minha agora" e ficaram ali ao luar, beijando-se e bebendo vinho como nas perfeitas histórias de amor.

1 comentários:

Anônimo disse...

Eu não gosto de Paloma, prefiro Vanessa! :D