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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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sábado, 18 de outubro de 2008

O que leva alguém a procurar confusão para si próprio? Digo “confusão”, mas queria dizer na verdade "desaquietação", um mexer no que está quieto. Ultimamente os fatos me levam a acreditar que procurarmos problemas é uma necessidade inerente que o ser humano tem de sofrer. Bonito, não é? NECESSIDADE INERENTE de sofrer.
Bonito ou não, o homem – aqui homem é, em verdade, a mulher, gênero feminino, pois nós é que inventamos essas coisas – tem determinadas necessidades que o levam a tal sofrimento. Assim acontece quando nos sentimos sozinhas, carentes. Aliás, a carência é a grande vilã na vida de uma mulher. Ela faz grandes estragos. Ela decide por nós. Toma conta de nossas palavras e, principalmente, de nossos atos.
Explicando melhor tudo que foi metaforicamente falado, digo que quando uma mulher olha para um homem, percebe-o, analisa-o. Não aqueles homens comuns, mas um que é visado, que está a frente, que aparece e que, exatamente, por aparecer é problemático, ela está tentando satisfazer a tal necessidade imanente. Aquela que traz problemas, lembra?
Foi isso que aconteceu naquele sábado festivo em que, emocionada, eu festejava minhas novas amizades. E nesse clima de “new friends”, eu resolvi que estava na hora de um “new boyfriend”. Eu ou a tal carência? Vá tentando desvendar esse mistério por sua conta e risco.
Era apenas o começo do tal jogo da sedução. Sou péssima nisso. Mas dizem que toda mulher sabe jogar charme, assim ela esteja interessada, toda mulher sabe despertar a Capitu que habita em seu íntimo. Eu mesma nunca aprendi tal façanha, acho que não sei ser MULHER, no máximo aprendi a ser inteligente e a dominar essa inteligência.
Aconteceu então a oportunidade de provar esse domínio. “Oi!” era um ‘oi’ cheio de intenções, completamente programado, programado para iniciar uma amizade, uma conversa, uma chance de algo a mais. E no fluir da conversa outras frases foram ditas, intencionalmente. Mas o tempo era curto, a noite tinha outros objetivos, outros caminhos a serem seguidos e a Inteligência gritava “Hora de recuar, guardas as armas, por hoje é só”. Alea jacta est. Era assim que eu sentia. Obviamente ninguém em sã consciência ignora os avisos da mente, só uma louca ansiosa e imediatista o faria, e, definitivamente, não era o meu caso, pelo menos não mais. Aprendi também a ter paciência, aprendi a esperar a oportunidade perfeita. O momento certo.
Passaram-se, então, dias e dias. As lembranças iam e vinham na minha mente. Os projetos ocuparam-na. Quase esqueci dele. Não era importante, não chegara a ser nem uma paquera. Era apenas o primeiro passo. Você pode estar se perguntando: Mas e daí? O que houve?
Tenha calma, tudo será contado a seu tempo. Escrever não é como conversar, requer detalhes, detalhes importantes que envolvem o leitor, que o fazem refletir. Aliás, está aí um momento perfeito para uma pequena reflexão: Como se escolhe alguém? Qual a maneira correta de conquistá-lo? Pense antes de responder. As palavras têm peso e os pensamentos então, são capazes de dominar o mundo e eu não quero que depois você se acha uma pessoa injusta.
No mesmo lugar e não menos disposta a instigar o outro. Ainda com a idéia fixa de procurar sarna pra me coçar eu me arrisquei e me lancei ao inesperado. Inesperado é eufemismo e paradoxo, na verdade era o esperado mesmo, ou o desejado. Quem sabe?
No entanto não podia ser de qualquer jeito, não podia ser sem mais nem menos. Quando se trata de coisas do coração é necessário o sublime, o encantamento, o lado sonhador. Nenhum mulher sensível e delicada como eu se dará por satisfeita com o fato por si próprio. Queremos sempre mais. E nem foi preciso falar nada para que esses quesitos fossem preenchidos. Houve um contrato implícito selado com um olhar. Um olhar calmo, doce, profundo. Um olhar que chamava-nos e nesse momento não só os olhos como as mãos se encontravam. O ardor dos corpos falava por nós. Sem nem uma palavra. Palavras, às vezes, são desnecessárias.
Em um instante mágico o contrato foi escrito, acordado e assinado. Assim sem nada que pudesse atrapalhar, como se o mundo a nossa volta tivesse parado. Sem razões, sem explicações, tornamo-nos nossos, tão nossos que os lábios trêmulos se tocavam e um arrepio corria pela pele.
Se existem momentos perfeitos. Eles são exatamente assim.
Se existe entrega total em um beijo, nos entregamos.
Assim eu queria aquele encontro, assim eu o queria. Assim: simples, assim pleno, assim meu.

3 comentários:

Unknown disse...

Textos assim tão bem escritos deveriam entrar para a eternidade...
Não são apenas palavras, são sentimentos que partem de uma pessoa sincera e que faz pequenas coisas serem o bastante para um texto se tornar tão profundo como este.
Tenho certeza que outros ótimos textos viram e tenha certeza que estarei sempre aqui para lê-los.
Rennan Mota.

Patty disse...

Eita que esse foi profundo mesmo...
Mas eh INERENTE ou IMANENTE?
Agora falo como a Alane: de onde é que vocês tiram essas coisas hein?!

Mas tem coisa melhor do que um Sarna que nos faça feliz pelo menos por alguns intantes?!
Ficou lindo, lindo mesmo!

Unknown disse...

ain meu Deus... onde é mesmo que vocÊs tiram esses nomes assim, estranhos e bonitos? e que mostram uma inteligência, uma cultura tão grande... um dia eu chego lá. Tá lindo tia...


Pq a Lourena, minha profesora, não é uma doidinha. Tá?!