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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008



Segundo Saint-Exupéry "tu te tornas responsável por tudo aquilo que cativas", pois eu não concordo. Como é que vou ser responsável pelos sentimentos de alguém? Como eu vou saber se eu estou cativando esse alguém? Pode muito bem acontecer de naquele dia, naquele exato momento, a pessoa estar precisando receber aquele elogio que foi dado e, claro que quando recebe se sente melhor, mais amada, talvez até mude de opinião sobre quem o deu, mas só por isso a pessoa está, daquele instante em diante, responsável pelo outro, é?
Nada disso. Cada um deve arcar com seus sentimentos, até porque não nos apaixonamos por quem queremos. Assim seria muito fácil: fecharíamos os olhos e diríamos a nossa mente "quero me apaixonar pelo Chiquinho." Pronto, estava feito. Agora seríamos felizes para sempre, porque o Chiquinho com certeza, vendo meu amor e minha dedicação, fecharia os olhos e pediria o mesmo. Que vida mais sem graça.
E as lágrimas de amor, que são as mais doces e delicadas do mundo, onde ficariam? E os momentos em que se passa sonhando com a pessoa amada sem saber se ela está fazendo o mesmo? E as dúvidas que nos levam a sorrir mais, a sermos mais atenciosos, pessoas verdadeiramente melhores, onde entrariam? E os ciuminhos bobos que enfeitam nossas vidas?
O bom do amor é o sonho que ele envolve, faz-nos flutuar, seguir por um caminho colorido, nosso sorriso fica fácil, as coisas parecem mais amenas, as pessoas que nos cercam se tornam mais bonitas, os problemas não são mais problemas, tudo se resolve num piscar de olhos.

Com certeza você já acordou em um dia que todos estão mais bonitos, em que você sente vontade de dar bom dia até para as plantas e sai rindo à toa, todos olhando e achando que você está louca. Louca? Você está é feliz e muito provavelmente amando.
Mas voltando ao lance da responsabilidade eu prefiro concordar com Lulu Santos num música que não me recordo o nome que diz:
"Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito
Isso de ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber"

Assim você não compromete ninguém, assim você aprende a ser responsável por aquilo que sente. Eu cobro muito dos outros, mas tento não cobrar. Acho até que não aprendi a amar ainda. Quero as coisas sempre do meu jeito. Acho que amor é assim: perfeito e não é.
Ainda bem que cada dia pode ser um aprendizado, Ainda bem que Saint Exupéry não estava totalmente certo no que disse.
Quero viver cada sensação que esse amor psicológico pode me proporcionar. Sonhos, noites mal domidas, pensamentos, brilhos nos olhos, tempo perdido com poemas e textos e vídeos e fotos. Tudo isso. Quero amar sem me preocupar com o amanhã.
Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim ESQUECER, sem cobrar, sem achar que iludi alguém ou que fui iludida. O importante é que, independente de qualquer coisa ou comentário, eu amo e sou amada.

1 comentários:

Anônimo disse...

Como assim? Você me disse ontem que essa musica era sua e de uma pessoa aculá. Esse texto é pra ele?