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Razão e sentimento

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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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domingo, 1 de junho de 2014

ARTHUR





         A escola nova, já não era não nova assim em relação ao tempo que estava lá, mas era completamente nova nas regras, nas amizades, nos professores e Arthur não conseguia se aclimatar tão rápido como os outros meninos de 16 anos. Ainda bem que conhecera Matheus, um rapazinho também tímido, mas bem mais desenvolto com as pessoas que Arthur, que havia estudado em uma escola diferente da dele, e que tinha tido a mesma professora de Literatura, que gostava de fazer umas brincadeiram envolvendo alunos da sala. No caso de Matheus com uma garota chamada Débora. A brincadeira já havia dado certo e eles estavam ficando (como dizem). Depois certamente ficaremos sabendo como se deu o romance entre Débora e Matheus.
            Na primeira semana de aula sentaram lado a lado e mesmo depois de alguns dias começaram a conversar por causa de uma caneta que havia caído. Sabe como é, né? Difícil mesmo só as primeiras palavras ,depois junta-se a vontade de fazer amizade em um lugar novo com a possibilidade de algum mínimo acontecimento e pronto, logo se descobre de onde vieram onde estudaram e as coincidências começam a aparecer.
            Engana-se quem pense que nessa mesma semana descobriram a professora em comum. Demorou muito mais, mas o fato é que chegaram a esse MMC, no caso MFC - mínimo fato comum, troca-se "múltiplo" por "fato". Matheus acabou conquistando a confiança de Arthur e eles se tornaram melhores amigos. Não digo que eram melhores amigos de infância, esse lugar já era ocupado por Dário, mas pelo menos melhores amigos da escola. E sempre se procura alguém que possa conversar e trocar uma ideia naquelas horas em que a aula fica chata. Andavam de cima para baixo e as confidências foram acontecendo aos pouco.
            ― Cara eu tinha uma professora de Literatura que era muito engraçada, quer dizer, ela ficou engraçada depois. No início era chata e a galera não gostava muito dela, mas ano passado ela ganhou a simpatia de todos e eu ajudei nisso. Nas oportunidades do conteúdo, ela ficava tirando brincadeiras comigo e com a Débora, minha namorada. Aí já viu, né? Aluno adora um movimento.
― Qual o nome dessa professora?
            Arthur percebeu logo uma enorme coincidência. Seria possível duas professoras com o mesmo estilo? Não. Não seria a mesma, afinal de contas Matheus nem era de seu bairro. Mesmo assim resolveu arriscar:
― Lourena Gomes.
― Não acredito que tivemos a mesma professora. Olha aí que mundo pequeno. Ela foi minha professora também e fazia exatamente a mesma coisa comigo e com a Mayra. A diferença aí é que não estamos namorando. Não é uma baixinha que cabelos curtos que vive preso e fala "é tennnnso" assim arrastando o "en"?
― Sim. Ela mesma. Por quê?
―Por que o casal escolhido na escola onde eu estudava éramos eu e a Mayra.
 ― Hummmm. já vi tudo.
            Houve uma pausa tensa e a voz saiu meio indecisa acabou por contar.
― Cara, pra falar a verdade eu nunca senti nada pela Mayra naquela época. Claro que ela era e é uma menina muito bonita, meiga, de olhar doce... A gente era amigo, e ainda é, e também eu tinha outras amigas e tal. A Lourena sempre falava da gente, nessas brincadeiras aí que você mesmo disse e eu nunca ligava, mas lembrei dela um dia desses e do dia do aniversário dela que passei maior vexame por causa da Lourena que fez os meninos ficarem grintando meu nome na hora do cerimonial. Imagina aí a tensão: em pleno aniversário de 15 anos, aquela coisa toda e eles gritando por mim.
― Kkkkk por essa eu não passei... mas enfim por que vocês não deram certo. Comigo e a Debóra foi assim. Ela ficava falando e a gente entrou na brincadeira também e de repente a brincadeira virou realidade.
― Como eu tava dizendo. Lembrei dela um dia desses e mandei um email para dizer da lembrança, aí um amigo meu falou pra ela que tava namorando e ela comentou na resposta do email. Desse dia em dia eu fiquei pensando nela. Nem sei explicar. Pior que tô enrolado aí com a Bruna e fica complicado.
O sinal do intervalo tocou e eles tiveram que voltar para sala de aula. No entanto a partir dali Arthur ficou com os pensamentos embotados pelos rostos das duas meninas. A aula seguia e nada de Arthur saber  que o Carbono é tetravalente ou seja lá o que fosse. Uma ligação dupla já era demais para o carbono que ele havia se tornado nos últimos dias.

― Como é mesmo, professor. Não entendi direito. ― Arthur ultrapassou a timidez e perguntou.

2 comentários:

Myrella Dias disse...

AMEEEEEEEEEEEEI

Jefferson Teixeira disse...

Kkkkkkk, de + , já pode me incluir na história tbm, já estou aceitando