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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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terça-feira, 3 de junho de 2014

FESTA Parte I


     Todos os funcionários estavam a postos, a lista de convidados estava pronta e entregue a uma recepcionista baixinha, rechonchuda e simpática, metida num uniforme preto impecável, que receberia a todos na entrada do jardim e os encaminharia às mesas que estavam cobertas com toalhas douradas e detalhes vermelhos, sobre elas um arranjo de flores naturais também vermelhas, contrastando com o verde da grama bem cuidada e iluminada por pequenos pontos de luz que davam um ar romântico à festa.  Tudo muito delicado, de muito bom gosto.
     Um rapaz forte de olhos amendoados já se posicionara atrás de um console de vidro onde seriam produzidos coquetéis de fruta com ou sem álcool.  A sua frente a poucos metros ficava a piscina que fora coberta com um tablado de vidro para servir de pista de dança. Luzes das mais variadas cores já haviam sido testadas várias vezes para que nada desse errado. Olhando à esquerda víamos a mesa de doces dos mais variados sabores, tamanhos e formas e uma mesa em destaque que ficava em baixo de toldo bem iluminado revestido de flores naturais onde se encontrava o bolo comemorativo.
     O horário se aproximava e a aniversariante fazia os últimos retoques em seu quarto rodeada de maquiadores e cabeleireiras. Tifany era uma moça esbelta, de cabelos aloirados que escorriam até o meio das costas, fazendo poucas voltas aqui e ali. Sua beleza natural era exaltada por um vestido rodado, no estilo tomara que caia, vermelho de cetim francês e um sapato Roger Vivier de salto agulha que havia ganhado de seu pai quando este estivera na Europa.
      Um a um iam chegando. A música rolava solta. A banda paulista "5 a Seco" - por coincidência a preferida de Mayra - tocava seus maiores sucessos para recepcionar os convidados. Quando Mayra chegou a maior parte de suas amigas já desfilavam de lá pra cá num frenesi nervoso e exibicionista. Ela havia caprichado no visual e usava um vestido curto na frente e longo nas costas azul royal  de um tecido fino e leve com detalhes dourados que acentuavam sua beleza, os cabelos castanhos deslizam em voltas alongadas e uma franja cobria-lhe parte do rosto, mas deixavam a mostra seus olhos miúdos e brilhantes. Não há mais lindo que o olhar de alguém apaixonado.
     Mayra correu os olhos pela festa, mas nem sinal de Arthur. Letícia, sua amiga mais próxima lhe puxou pela mão fazendo-a caminha jardim a dentro.
     ― Tantos gatinhos, amiga. Vem cá que quero te apresenta a alguns deles.
      De que adiantava tantos gatinhos se Mayra só enxergava a um único que por sinal não estava ali ainda. Será que ele vem! Seus olhos percorriam os rostos um a um e nada de quem ela procurava. Resolveu relaxar e aproveitar a festa. Afinal estava ali para isso.
     Lá pelas vinte horas, todos na pista de dança, balançando seus corpos juvenis perfeitos e jogando charme numa brincadeira gostosa entre amigos, casais haviam se formado para uma dança solta e envolvente num clima propício a paquera. Mayra rodopiava com um rapaz  alto, de cabelos lisos e negros e de jeito sensual que lhe fora apresentado por Tifany. De repente, como tomada por um raio congelante, Mayra parou. Em seu rosto havia uma mistura de espanto e decepção, dor e estranheza. Sua mão que segurava a de Túlio foi escorregando até soltá-la por completo.


Continua...

3 comentários:

Anônimo disse...

Posta logo a continuação, pfvr!!!!

Grazi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Grazi disse...

Ansiosa aqui rsrsr