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Razão e sentimento

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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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quarta-feira, 4 de junho de 2014

FESTA parte II




Estava ali a alguns metros de distância de Mayra, Arthur... lindo como sempre. Já fazia um tempo que ela não o via, um mês, dois, talvez mais, apesar de vê-lo todo dia em seus pensamentos, mas naquele dia ele estava superior a tudo que ela havia imaginado ou lembrado. Vestia calça social e blazer risca de giz e uma blusa rosa bebê, sapato muito bem polido e sorria para a recepcionista que recebia de suas mãos os exibíveis. Dário veio recebê-lo:
― Vamos chegando ― disse com um sorriso franco  e aí, cara. todo nos panos hein? ― brincou, sem saber se estava tudo bem entre eles devido o tal e-mail.
Pegou-o pelo braço e aproximou-se  do ouvido de Arthur cochichando:
― A Mayra está aí, se segura.
Soltou um risinho de quem sabe que será uma noite daquelas e foi receber outros convidados que chegavam. Como namorado da anfitriã, era de bom tom receber a todos, mesmo que estivesse com vontade de conversar mais um pouco com o amigo. Ainda não tinha se desculpado pelo incidente do comentário, enfim... naquele momento não seria mesmo possível.
Mayra arregalou e piscou insistentemente os olhos como querendo enxergar direito e não pode deixar de perceber que Arthur estava acompanhado. Seu queixo caiu e seu coração disparou. Como agir numa situação daquelas? Esconder-se seria uma ótima saída. Esconder-se e mostrar pro mundo que estava morrendo por causa dele? Nunca. Aguentou firme e retomou a mão de Túlio, mesmo não trazendo mais o sorriso fresco que havia em seu rosto minutos antes.
Arthur caminhou até uma das mesas e puxou a cadeira para sua acompanhante, que delicadamente com um sorriso mavioso, deslizou até o assento. Mostrava uma desenvoltura perfeita, parecia flutuar sobre o chão. Como um perfeito cavalheiro, Arthur arrodeou a mesa e sentou-se ao seu lado em uma distância que ficavam quase frente a frente. Segurava uma de suas mãos e conversavam entre sorrisos de encantamento.
Dizer que Bruna era bonita, seria pouco, para não dizer pouquíssimo. Ela simplesmente era linda. Devia ter seus dezesseis ou dezessete anos e tinha aquela beleza sensual e pueril que deixar todos de boca aberta. Olhos agateados num castanho quase verde, pele muito branca que fazia com que seus cabelos negros e sedosos se destacassem. Como se não bastasse, ela tinha aqueles dentes em perfeito branco  com os incisivos centrais arredondados e um pouco a mostra, daqueles que dão sensualidade pelo simples fato de existir. Mayra não conseguia nem olhar para aquele lado da festa.
Sabe quando estamos com uma expectativa, sonhando com um momento que já vivemos milhares de vezes na nossa mente e de repente caímos da cama e percebemos que era somente um sonho? Foi exatamente assim que Mayra se sentiu. Sua cabeça rodopiava dentro de si mesmo e ela nem sabia mais se tinha coração. Não via sentido em ficar ali dançando com Túlio, por mais lindo que ele fosse.
―Licença, preciso tomar uma água.
Letícia que via toda a cena, inclusive a beleza extremada de Bruna, imaginou o que a amiga estivesse passando e quando a viu sair da pista, achou por bem acompanhá-la, pediu licença a seu par e saiu à francesa.
―Calma, amiga. Não vai desmoronar agora, né? Segura sua onda.
―Isso não poderia ter acontecido, Le. ― disse com a voz embargada e lágrimas incontidas desciam em grossas camadas.
― Calma, amiga. Mantenha a classe, ande devagar e sorria. Não vamos dar motivo pra esse povo falar da gente. ― Letícia segurava a mão da amiga e conduzia-a por trás do toldo revestido de flores. ― Por aqui.
Chegaram a uma saleta que dava para o escritório da casa, entraram e bateram a porta. Mayra pode então desmoronar.
― Isso não podia ter acontecido. ― falava repetidas vezes para si mesma.
Com o rosto enterrado nas mãos o choro de dor tomava conta daquele lugar. Letícia, sem ter muito o que dizer, segurava as mãos da amiga e pedia que ela se acalmasse.
― A gente nem sabe quem ela é.
― Não sabe, mas imagina, né? Se ela chegou com ele, claro que é a tal namorada que o Dário falou. 
― Então, amiga ― Letícia se enchia de calma na esperança de transmiti-la à Mayra ― você já sabia que isso poderia acontecer. Quando ele deixou de se comunicar, já era esperado que o que o Dário disse fosse verdade. ― falava pausadamente com os olhos fixos nos de Mayra que não cessavam de chorar.
Mayra levantou a cabeça,  deu um longo suspiro, retomou a calma, enxugou os olhos com as costas da mão  direita, pegou na bolsinha um kit básico de maquiagem, passou o pó e blush, retocou o batom e levantou-se decidida.
―Já sei o que eu vou fazer.

Continua...

6 comentários:

Myrella Dias disse...

TIAAAAAAAAAAA "RAZÔ"

Yuri Freitas disse...

Tia pelo amor de Deus, a senhora tá igual novela, só acaba nas partes massas! D:

Johana disse...

aaaaaaaaaaaaaaa, o que é que ela vai fazeeer ? *o*

Louzinha disse...

Amanhã tem mais. É a última parte da festa.

Leticia Vasconcelos disse...

Tiaaaaaa eu ameeei, aparecer na novelinha é tão emocionante *--* A senhora tá ficando crack em acabar na melhor parte né hahahah

Anônimo disse...

OMG , estou muito curiosa kkkk , o que ela vai fazeeeeer :o