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Razão e sentimento

Razão e sentimento
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Uma menina-mulher sonharadora convicta, pore´m de uma racionalidade necessária.

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Nem sempre as coisas eram tão fáceis na vida de Clarissa. Ela enfeitava demais os fatos, era-lhe próprio enfeitar, talvez para sair da verdade. A verdade doía-lhe n'alma e nada mais propício que inventar uma daquelas histórias lindas que ela inventava sempre que precisava fugir da dor. Deixava as histórias do jeito que ela queria que fosse. Naquele dia, quis por que quis, assim sem razão, que seu amor fosse outro. Não lhe bastava o que tinha, inventava outro. Pois foi assim que Clarissa inventou seu romance com Renato. Ou pelo menos ela achava que estava inventando. Talvez estivesse apenas se entregando. Vai saber!...
A dor da perda definitiva de César fez-lhe procurar ao seu redor alguém que a amasse. Renato a amava, como amigo, mas amava e era um amor tão cuidadoso, tão presente. Ela o amava também ,mas numa intensidade diferente, nunca olhara para ele com outros olhos. Ele sempre estivera ali a todo instante, ajudando no que precisava, paparicando-a e ela mesmo gostando não via como algo possível. Se bem que possível não era mesmo. A dfiferença de idade impedia.
Porém diante da dor, aceitou o amor de Renato e passou aoferecer o seu a ele ao que ele recebeu de bom grado.
Renato era carente de amigos, não tinha muitos e também não aprendera a valorizá-los. Às vezes se afastava, esperava que os outros o procurasse para sentir-se valorizado. E com aquela atenção toda acabou ficando cada vez mais próximo de Clarissa que recebeu-o com enorme felicidade. Era assim, ela oferecia a ele o que ele precisava e ele oferecia a ela o que ela precisava, uma troca. Não pensem vocês que era interesse, não era. Eram apenas coisas naturais da vida, sem perceber, se aproximaram demais.
Estavam sempre juntos, riam juntos, os olhos de ambos começaram a brilhar um pelo outro. Foram se envolvendo sem saber, sem querer. Logo começaram as brincadeiras juntos: dançavam sem música, abraçavam sempre; tiravam fotos como namorados e andavam como namorados. Clarissa já não sentia dor se estivesse com Renato, pensava nele, queria-o sempre por perto. Renato, por sua vez, ficava cada vez mais apegado a ela. Amava-a com ternura e cuidado.
Os dias passaram e eles mais entregues mesmo sem perceber. Não pensavam nas complicações e nem havia motivo para isso, eram apenas amigos. Amigos que se amavam. Amigos que só queriam estar juntos. E a amizade progredia para ciúmes, alguns até forjados, mas davam uma graça a mais. Outros amigos elogiavam.
"Esses dois... sei não... é amor... só pode."
"Já sei, tu quer ficar perto da Clarissa."
"Tu viu o Renato, Clarissa?"
Viraram referência um do outro. Até aí não sabiam que estavam A-P-A-I-X-O-N-A-D-O-S!

1 comentários:

Patty disse...
Este comentário foi removido pelo autor.